Copom: elevação dos juros deve desacelerar, mas nova alta está mantida
O Comitê de Política Monetária (
Um dia antes do começo de silêncio do Copom, o presidente do BC,
À ocasião, o colegiado indicou que
Ainda nessa última fala pré-Copom, Galípolo reforçou que a diretoria do BC optará por “colocar a taxa de juros no patamar que for restritivo o suficiente, e pelo período que for necessário, para atingir a meta”.
Atualmente,
As projeções do mercado financeiro para a próxima elevação da Selic variam entre 0,25 ponto percentual e 0,75 ponto percentual. Embora não haja uma indicação clara do BC, é sabido que não haverá um acréscimo de 1 ponto.
Entenda a situação dos juros no Brasil
- A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
- Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
- Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
- São esperadas novas altas nos juros ainda no primeiro trimestre, com taxa Selic próxima a 15% ao ano.
- Projeções mostram que o mercado financeiro não acredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o
governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.
Para Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, o ritmo de alta da Selic vai desacelerar. A aposta da economista é de uma elevação de 0,50 ponto percentual, com taxa Selic indo a 14,75% ao ano.
“A mudança do cenário externo desde a última reunião indica um risco maior de desaceleração global e já observamos o impacto nos preços das commodities e no câmbio, com potencial redução de preços dos combustíveis no radar”, avalia.
Ela ainda acredita que, no cenário atual, o Copom pode optar por deixar em aberto os próximos passos da política monetária nacional. Segundo ela, isso não deve refletir em novas altas após a reunião de maio.
Últimas divulgações mostraram que
Pedro Ros, CEO da Referência Capital, afirma que o “cabo de guerra” entre os estímulos do lado fiscal (liberação de crédito subsidiado) e os freios do lado monetário (alta dos juros) “está se refletindo diretamente nos dados do emprego”.
Inflação deve estourar meta em junho
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.
A inflação atual, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
Em declarações recentes, o próprio BC segue indicando o estouro do teto da meta neste ano. Na última ata do Copom, o colegiado alertou que, se a inflação seguir avançando, o valor acumulado em 12 meses ficará “acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”.
Por outro lado, Galípolo afirmou que
“O Banco Central está fazendo seu caminho para perseguir a meta de 3%”, disse Galípolo, acrescentando que não vê o Brasil como “outlier” (ponto fora da curva) em relação à meta inflacionária de outros países”, declarou a jornalistas.
Estimativas do mercado para a Selic
O mercado financeiro segue projetando que a taxa Selic feche 2025 em 15% ao ano. É o que dizem as estimativas presentes no
As previsões para os demais anos seguem inalteradas, confira abaixo:
- Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
- Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
- Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.
Com isso, os analistas não acreditam que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo do presidente
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