Trump lança tarifa de 104% à China e agita o mercado global

A guerra comercial entre EUA e China atingiu níveis inéditos nesta quarta-feira (9). Sob comando do presidente americano Donald Trump, uma tarifa recorde de 104% sobre produtos chineses entrou em vigor, causando turbulências nos mercados globais.

Como chegamos até aqui?

A nova tarifa sobre produtos chineses soma-se às taxas anteriores anunciadas por Trump, totalizando impressionantes 104%. A medida é parte da estratégia agressiva dos EUA para recuperar fábricas e empregos, uma promessa eleitoral repetida à exaustão por Trump.

Batizada pelo presidente como o “Dia da Libertação”, a ação tarifária também atinge dezenas de outros países, incluindo o Brasil, taxado em 10%. Especialistas alertam que as tarifas podem prejudicar os próprios consumidores americanos, que terão que pagar cerca de US$ 3.800 a mais por ano em produtos importados.

O jogo político por trás dos fatos

A medida faz parte do plano econômico “America First”, mas há quem diga que Trump esteja exagerando na dose. Parlamentares republicanos já começam a discutir uma possível intervenção legislativa para conter o presidente, temendo impactos negativos no bolso dos eleitores.

Para Trump, porém, o plano está claro: pressionar países a negociar novos acordos comerciais. “Muitos países nos exploraram, agora é a nossa vez”, declarou.

O que disseram Pequim, União Europeia e aliados?

A China rebateu imediatamente. Pequim afirmou que “lutará até o fim” contra o que classifica como “chantagem” tarifária. Autoridades chinesas consideram retaliações adicionais, incluindo a proibição da importação de filmes americanos.

Já a União Europeia, alvo de tarifas de 20%, busca reagir com negociações diretas para evitar mais danos econômicos.

De Nixon a Trump: paralelos inevitáveis

A estratégia de Trump lembra outros momentos tensos das relações sino-americanas, como a diplomacia agressiva dos anos 70 com Nixon. Contudo, especialistas destacam uma diferença importante: agora, os dois gigantes econômicos estão profundamente interligados, o que amplifica riscos globais.

E agora, mundo?

Com as tarifas entrando em vigor, os primeiros efeitos já são sentidos nas bolsas asiáticas. O mercado chinês abriu em forte queda, e analistas preveem um efeito dominó no Ocidente.

No Brasil, exportadores já buscam alternativas para compensar a perda nos negócios com os americanos, enquanto economistas alertam para o risco de invasão de produtos chineses no mercado nacional, prejudicando ainda mais a indústria local.

Perguntas frequentes sobre a tarifa EUA-China

Qual o objetivo das tarifas de 104% dos EUA?

A estratégia visa forçar empresas americanas a trazerem fábricas de volta ao país, recuperando empregos locais.

Quais países foram afetados pelas novas tarifas?

Além da China, a União Europeia, Brasil e outros 56 países sofreram impactos diretos com novas taxas.

Como a China respondeu à medida dos EUA?

A China prometeu retaliar com tarifas de 34% e pode proibir a importação de filmes americanos.

Trump vai ganhar essa guerra?

Trump aposta alto em uma estratégia de risco, podendo ser seu grande trunfo administrativo ou sua maior derrota política. Se o custo dessas medidas recair pesadamente sobre os consumidores americanos, a conta pode ser amarga nas eleições para o Senado, em 2026, quando serão renovadas 33 das 100 cadeiras.

E você, acha que Trump está certo nessa estratégia? Compartilhe sua opinião e fique ligado nas atualizações do Blog do Esmael!

Esmael Morais é jornalista e advogado, especializado nos bastidores do poder. Leia mais sobre economia e política internacional aqui no Blog do Esmael.

Publicação de: Blog do Esmael

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