Trump e Putin planejam diálogo em busca da paz na Ucrânia
De olho no Nobel da Paz, novo presidente americano promete encerrar o conflito armado entre Ucrânia e Rússia
O mundo político internacional se agita diante da iminência de uma conversa telefônica entre Donald Trump, que tomará posse como presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro, e o presidente russo, Vladimir Putin. A expectativa foi reforçada pelo futuro conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, em entrevista à ABC News. Ele prevê que o contato ocorra nos próximos dias ou semanas, um movimento que pode definir o tom da política externa americana no conflito ucraniano.
Trump, durante sua campanha, declarou repetidamente que poderia resolver a guerra na Ucrânia “em 24 horas”, embora sem apresentar detalhes concretos. Essa promessa alimenta incertezas tanto entre aliados ocidentais quanto na Ucrânia, que teme que sua integridade territorial seja colocada em xeque em eventuais negociações.
Se conseguir parar a guerra na Ucrânia, que já dura três anos, certamente Trump irá buscar um prêmio Nobel da Paz. O último presidente americano que conquistou essa honaria foi Barack Obama, a despeito dos conflitos globais liderados pelos Estados Unidos em sua gestão.
Putin, por sua vez, sinaliza interesse em uma aproximação co seu homólogo americano. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que Moscou está aberta a dialogar com Trump sem imposição de condições prévias, sugerindo que a Rússia enxerga no republicano uma oportunidade para mudar a atual dinâmica do conflito.
O futuro conselheiro de segurança Mike Waltz é conhecido por sua postura cética em relação à China e por sua resistência ao envio de ajuda militar à Ucrânia enquanto congressista. Essa perspectiva levanta preocupações sobre a continuidade do apoio militar dos EUA à Ucrânia, um fator crucial para que o país mantenha sua capacidade de defesa contra as forças russas.
Uma possível aproximação entre Trump e Putin pode remodelar alianças e estratégias no cenário geopolítico. Para os ucranianos, a prioridade é garantir que sua soberania não seja negociada, como ressaltou o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, que também busca um encontro entre Trump e o presidente Vladimir Zelensky.
Enquanto os detalhes dessa conversa aguardada permanecem incertos, líderes mundiais acompanham de perto o desenrolar desse possível diálogo. A pergunta que paira é se Trump, ao retomar a Casa Branca, usará sua controversa habilidade de negociação para interromper a guerra na Ucrânia ou se suas ações trarão novos problemas à estabilidade global.
O telefone entre Washington e Moscou pode estar prestes a tocar. O que será discutido e como isso influenciará os rumos do conflito na Ucrânia ainda são incógnitas. Contudo, essa movimentação deixa claro que 2025 começa com mudanças significativas no tabuleiro político internacional, onde cada peça movimentada por Trump e Putin pode reverberar em todo o mundo.
Resumo da ópera: Trump está de olho no Nobel da Paz e Putin em boa parte do território da Ucrânia.
Publicação de: Blog do Esmael