Réu no STF, Bolsonaro fará agenda política no Paraná em 4 de abril

Ex-presidente convoca em vídeo manifestação na Avenida Paulista, no dia 6 de abril, pedindo “anistia humanitária” para os golpistas presos

Réu por tentativa de golpe, Jair Bolsonaro (PL) prepara nova ofensiva política no Paraná. Na sexta-feira, 4 de abril, o ex-presidente desembarca em Curitiba às 10h e segue à tarde para Londrina, onde prestigiará a abertura da ExpoLondrina. A agenda ocorre apenas dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) torná-lo réu por tentar sabotar a democracia brasileira. Coincidência? Pouco provável.

Bolsonaro foi oficialmente tornado réu pelo STF na quarta-feira (26), ao lado de sete aliados, todos acusados de participar de uma trama para desacreditar o sistema eleitoral e incitar um golpe de Estado.

Dois dias depois, ele publica vídeo ao lado do deputado federal Fernando Giacobo (PL-PR), líder da Minoria na Câmara e presidente do PL no estado, confirmando agenda em solo paranaense. Curitiba será a primeira parada. Depois, Londrina. O objetivo? Empurrar a candidatura de Filipe Barros (PL) ao Senado, uma peça-chave no tabuleiro do bolsonarismo de 2026.

Além disso, o ex-presidente usará o Paraná como trampolim para a manifestação que planeja em São Paulo, na Avenida Paulista, no dia 6 de abril, pedindo “anistia humanitária” para os golpistas presos.

O roteiro inclui encontro estratégico com o governador Ratinho Junior (PSD) no Aeroporto Afonso Pena. Os dois não são exatamente farinha do mesmo saco, mas têm interesses comuns no jogo político — principalmente quando o assunto é preservar a direita unida para 2026.

Se Ratinho sonha com uma vaga ao Senado ou até à Presidência, precisa manter pontes com Bolsonaro. E Filipe Barros, pupilo declarado do ex-presidente, também aposta nessa aliança para se cacifar como o “senador do Bolsonaro” no Paraná.

Porto de Paranaguá

Às 16h30 do mesmo dia, Bolsonaro estará na abertura da ExpoLondrina, uma das maiores feiras agropecuárias do país. A simbologia é clara: reforçar os laços com o agronegócio, que ainda o vê como defensor dos “valores do campo”.

A feira vira palanque político. E Londrina, reduto conservador, será um termômetro da força popular do bolsonarismo fora do eixo Rio-SP.

A visita não será apenas um passeio — é uma demonstração de força e tentativa de reposicionamento no tabuleiro nacional. Ao transformar sua condição de réu em narrativa de “perseguição política”, Bolsonaro busca inflamar sua base e consolidar sua agenda de mobilização permanente.

Nos bastidores, o PL acelera a montagem de palanques nos estados. No Paraná, a dobradinha Ratinho–Filipe Barros pode ser o embrião de uma chapa majoritária em 2026 — ainda que mal costurada.

O fato é que Bolsonaro tenta voltar ao jogo pelo mesmo script que o levou ao poder em 2018: o do outsider perseguido pelo sistema.

Enquanto responde por tentativa de golpe no STF, Bolsonaro pisa firme no Paraná para manter acesa a chama do bolsonarismo. A recepção em Curitiba e Londrina mostrará se ele ainda tem gasolina para seguir rodando pelo Brasil como líder da oposição.

E você, o que acha da visita de um réu do Supremo Tribunal Federal em plena agenda de pré-campanha?

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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