Míssil do Iêmen atinge aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv

Iêmen ataca aeroporto em Tel Aviv e agrava tensão no Oriente Médio

O Oriente Médio volta a tremer. Desta vez, não pelas placas tectônicas, mas por um míssil lançado pelo exército do Iêmen, que atingiu em cheio os arredores do aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, Israel, neste domingo (4). Pelo menos oito pessoas ficaram feridas, segundo os serviços de emergência israelenses.

O ataque, confirmado por autoridades locais e pela imprensa internacional, representa uma escalada drástica nas hostilidades da região, em especial entre os houthis – grupo alinhado ao Irã – e Israel.

Míssil cruza o céu e expõe falha na defesa aérea de Israel

Segundo o canal 12 de Israel, o míssil iemenita causou uma profunda rachadura de 25 metros nas imediações do terminal aéreo mais importante do país. Imagens que circularam nas redes sociais mostram o artefato cruzando os céus antes de explodir próximo à pista.

O exército israelense confirmou que não conseguiu interceptar o míssil, apesar de diversas tentativas. A falha deixa o governo de Benjamin Netanyahu ainda mais sob pressão, sobretudo pela crescente insatisfação interna com os rumos da guerra e pela insegurança nas áreas centrais de Israel.

Voos suspensos e pânico: milhões correm aos abrigos

O ataque ao aeroporto causou suspensão temporária dos voos e gerou cenas de pânico em Tel Aviv. O jornal Hayom relatou que milhões correram para os abrigos ao ouvir as sirenes de ataque. O Haaretz confirmou que o tráfego aéreo foi interrompido por precaução.

Em nota, o líder do movimento Ansarolá (houthis), Mohamad al-Bujaiti, comemorou a ofensiva e declarou:

“O ataque ao Ben Gurion mostra que podemos atingir alvos altamente protegidos dentro dos territórios ocupados.”

Ele ainda desafiou os EUA, o Reino Unido e Israel, afirmando que o Iêmen tem capacidade de confronto mesmo contra grandes potências.

Israel promete retaliação “sete vezes mais forte”

O governo israelense reagiu com fúria. Autoridades de Tel Aviv prometeram uma retaliação “sete vezes mais poderosa” contra o Iêmen e seus aliados.

A retórica escalada traz de volta à cena o risco de um conflito regional de grandes proporções, com envolvimento direto do Irã, Estados Unidos e Arábia Saudita.

A pergunta que paira no ar: até onde vai essa guerra por procuração no coração do Oriente Médio?

Os bastidores dessa escalada militar

Nos bastidores, diplomatas alertam que os houthis têm intensificado seus ataques em resposta ao apoio militar dos EUA e Reino Unido a Israel desde o início do conflito em Gaza. O míssil sobre Tel Aviv seria, segundo fontes árabes, uma mensagem direta ao Ocidente: o Iêmen entrou no jogo.

Além disso, cresce o temor de que outros atores regionais, como Hezbollah e Hamas, aproveitem o vácuo de segurança israelense para ampliar suas ações.

Tudo sobre o ataque do Iêmen a israel

O que são os houthis e por que atacaram Israel?

Os houthis são um grupo rebelde xiita do Iêmen, apoiado pelo Irã. Eles dizem lutar contra o imperialismo e se dizem aliados da causa palestina.

O míssil realmente atingiu o aeroporto Ben Gurion?

Segundo o canal 12 e o jornal Haaretz, sim. Houve danos materiais e interrupção de voos. O governo israelense confirma a ofensiva, mas tenta minimizar o estrago.

Quais são os riscos de uma guerra maior?

Altos. O envolvimento de potências como EUA e Irã, além da retórica inflamável de ambos os lados, cria um ambiente propício para uma guerra regional.

O que diz o Irã sobre o ataque?

Até o momento, Teerã não se pronunciou oficialmente. Mas a influência iraniana sobre os houthis é notória, o que coloca ainda mais lenha na fogueira diplomática.

Como isso impacta o Brasil?

O conflito pode afetar diretamente o preço do petróleo e da energia no Brasil, além de colocar em risco brasileiros em trânsito ou residentes na região.

Análise crítica: o míssil que fura a bolha da segurança israelense

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Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Foto: reprodução/rrss

Esse ataque não é apenas militar – é simbólico. Ben Gurion é mais que um aeroporto: é o pulmão aéreo de Israel. Acertar ali é dizer, em alto e bom som: ninguém está seguro, nem no centro de Tel Aviv.

Ao mesmo tempo, Israel responde com o que sabe: força bruta. Mas, diante de ataques cada vez mais ousados, até onde essa força garante paz?

A bola está com as potências. A diplomacia ou a guerra aberta – eis a bifurcação. Enquanto isso, a população civil, como sempre, segue sendo a maior vítima desse teatro de horrores.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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