Imprensa internacional prega voto em Lula

Foto: Reprodução

Entrando com maior atenção na cobertura da reta final da campanha no Brasil, o Wall Street Journal enviou sua correspondente Samantha Pearson a Pirapitinga, subúrbio de Porto Velho, em Rondônia, para a extensa reportagem “Destruição da Amazônia dispara antes das eleições presidenciais”

“Aqui o Sol agora desaparece assim que nasce, envolto por fumaça alaranjada de incêndios florestais”, descreve, citando, de entrevistado: “É como uma festa de despedida para Bolsonaro… Estão com medo que ele perca, então estão destruindo tudo, incendiando a floresta”.

O investidor Mark Mobius, falando à Bloomberg, afirmou que “vai comprar ativos do Brasil se Lula vencer em transição pacífica”. Como anota a reportagem, “é o segundo ponto que é a grande dúvida”. Na declaração completa de Mobius:

“Se a eleição correr bem e Lula entrar, então provavelmente vamos tentar ampliar algumas de nossas participações. Não é apenas por Lula, mas por haver uma transição estável e isso será uma boa notícia.”

E o canal financeiro CNBC destaca que a “Campanha polarizada vê o ex-líder Lula à beira de um retorno notável”. Acrescenta porém que “Bolsonaro está semeando dúvidas sobre a validade do sistema de votação, aumentando temores de que se recuse a aceitar derrota”.

A Economist abriu a fila de editoriais anglo-americanos contra a reeleição de Bolsonaro. No londrino The Guardian, agora, “Não importam os eleitores, Bolsonaro planeja vencer”. Logo abaixo, “Dificilmente poderia ser maior o que está em jogo. A derrota de Lula seria um desastre para a democracia e o planeta”.

Fechando o texto, “Uma vitória clara e definitiva de Lula, idealmente no primeiro turno, é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta. Outros países devem deixar claro que não tolerarão qualquer tentativa de Bolsonaro de trapacear”.

Nos EUA, curiosamente, um primeiro alerta em editorial foi lançado pelo conservador Pittsburgh Post-Gazette, da Pensilvânia:

“Os americanos deveriam se preocupar com as políticas de Bolsonaro e suas implicações para a democracia no sexto país mais populoso do mundo. Ele aspira a ser um autocrata. Levantou dúvidas se aceitaria os resultados das eleições. Os americanos já experimentaram as terríveis consequências de tais crenças, e os brasileiros devem rejeitar o homem que as defende. Sua democracia está em jogo.”

Folha  

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Publicação de: Blog da Cidadania

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