Britânico escapa vivo da queda do AI171 que matou mais de 290 pessoas

Vishwash Kumar Ramesh, cidadão britânico de origem indiana, foi encontrado com vida em meio aos destroços do voo AI171 da Air India, que caiu nesta quinta-feira (12), minutos após decolar de Ahmedabad com destino a Londres. A tragédia aérea já contabiliza mais de 290 mortos, incluindo passageiros, tripulantes e vítimas em solo.

O milagre da sobrevivência rompeu o silêncio das sirenes. Ramesh, de 40 anos, contou ao Hindustan Times que houve um barulho alto “30 segundos após a decolagem” e que tudo “aconteceu muito rápido”. Com hematomas no peito, nos olhos e nos pés, ele conseguiu se levantar, sair correndo dos escombros e foi resgatado por uma ambulância.

“Quando me levantei, havia corpos por todos os lados. Fiquei assustado. Alguém me agarrou, me colocou numa ambulância e me levou para o hospital.”

Ramesh é o único sobrevivente confirmado entre as 242 pessoas que estavam a bordo do Boeing 787. Ele viajava com o irmão, que não resistiu. O comissário de polícia de Ahmedabad, Gyanendra Singh Malik, havia dito inicialmente que não havia sobreviventes — até que Ramesh emergiu dos destroços, lúcido e ainda com o cartão de embarque no bolso.

Identificação das vítimas e comoção mundial

Entre os mortos, autoridades confirmaram o ex-ministro-chefe de Gujarat, Vijay Rupani, a dentista canadense Nirali Sureshkumar Patel, e três cidadãos britânicos da mesma família: Akeel Nanabawa, sua esposa Hannaa Vorajee e a filha Sara, de apenas quatro anos.

A tragédia mobilizou reações internacionais. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar “profundamente triste” e expressou condolências às famílias. O presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese e o canadense Mark Carney também se manifestaram.

Donald Trump, nos Estados Unidos, classificou o caso como “um dos piores acidentes da história da aviação”.

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Investigação oficial e falhas sob suspeita

A aeronave caiu logo após decolar de Ahmedabad, no estado indiano de Gujarat. O impacto foi tão severo que corpos ficaram carbonizados e irreconhecíveis, obrigando as autoridades a iniciarem testes de DNA para identificação das vítimas. A altura máxima atingida pelo avião, segundo o FlightRadar, foi de apenas 190 metros.

O ministro da aviação da Índia, Ram Mohan Naidu Kinjarapu, anunciou uma investigação formal do Aircraft Accident Investigation Bureau (AAIB), seguindo normas da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO). A Boeing confirmou que enviará uma equipe para colaborar com as autoridades.

Imagens de câmeras de segurança mostram o nariz da aeronave tentando subir, enquanto o trem de pouso ainda estava abaixado — um sinal de que os pilotos lutavam para manter o avião no ar até o último segundo.

Comunidade indiana no Reino Unido exige respostas

Organizações britânicas de origem indiana exigem uma apuração completa. A National Indian Students and Alumni Union UK pediu cautela com especulações, enquanto a National Council of Gujarati Organizations planeja vigílias em solidariedade às vítimas.

Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista e priemiro-ministro britânico, afirmou que uma equipe de investigação foi enviada à Índia. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido presidiu uma reunião de emergência do comitê COBRA.

Tragédia do voo AI171 expõe brechas e pressiona autoridades

A queda do voo AI171 não é apenas um acidente: é uma crise diplomática, industrial e humana de grandes proporções. A sobrevivência de Vishwash Ramesh traz um fio de esperança e um apelo por justiça às centenas de vidas perdidas.

A resposta das autoridades — e da Boeing — será acompanhada de perto. A segurança da aviação internacional está mais uma vez sob escrutínio, e o mundo exige respostas rápidas, transparentes e eficazes.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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