Requião vem aí em 2026, segundo a Quaest
A movimentação para as eleições de 2026 no Paraná já começa a ganhar força, com a publicação de uma pesquisa da Genial/Quaest. O levantamento, realizado entre os dias 4 e 9 de dezembro de 2024, revelou como está o cenário para a disputa ao governo estadual. Com 1.100 entrevistados e uma margem de erro de 3 pontos percentuais, os dados indicam a liderança do senador Sergio Moro (União Brasil), com 23% das intenções de voto.
Entretanto, o veterano Roberto Requião (sem partido) aparece como o segundo colocado, com 16%, mostrando que ainda possui força política considerável. Outros nomes relevantes no cenário político paranaense também pontuam: o atual prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), figura com 12%, seguido por Beto Richa (PSDB), com 10%, e Cida Borghetti (PP), com 5%.
Os números em detalhes
A pesquisa mostra um cenário fragmentado, com nomes experientes que representam diferentes regiões e correntes políticas do Paraná. Sergio Moro lidera, mas enfrenta resistência entre o eleitorado mais alinhado à esquerda e ao centro, setores nos quais Requião busca consolidar apoio.
Por outro lado, a alta taxa de brancos, nulos e indecisos (35%, somados) revela que o jogo ainda está aberto, com espaço para reviravoltas, dependendo das alianças, estratégias de campanha e desempenho dos candidatos nos debates.
A pesquisa foi feita por meio de entrevistas presenciais, com margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Além de captar o humor do eleitorado, ela serve como termômetro para estratégias partidárias, indicando a viabilidade de candidaturas e possíveis coligações.
Se por um lado Sergio Moro é o nome a ser batido, Roberto Requião surge como uma alternativa consolidada, com apelo histórico e discurso combativo que pode cativar uma parcela insatisfeita da população. A entrada de figuras como Greca, Richa e Cida Borghetti acrescenta dinamicidade ao pleito, transformando a disputa em um jogo de múltiplas possibilidades.
O cenário para 2026 no Paraná começa a se desenhar, mas os números mostram que nenhuma candidatura pode ser considerada imbatível. O retorno de Requião ao protagonismo político é um sinal claro de que a experiência e o capital político ainda têm peso nas disputas estaduais. Ao mesmo tempo, Sergio Moro precisa consolidar sua posição e expandir seu alcance entre os eleitores.
Embora muitos possam lembrar do desempenho de Requião na disputa pela Prefeitura de Curitiba, nas eleições de 2024, esta corrida não conversa com a próxima. Em 2026, o terreno e os competidores serão completamente diferentes.
O caminho até outubro de 2026 promete ser movimentado, e o eleitor paranaense terá a oportunidade de observar um verdadeiro embate de ideias, histórias e projetos para o futuro do estado.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Publicação de: Blog do Esmael