Eduardo Bolsonaro quer armas nucleares no conflito russo-ucraniano
Em entrevista ao programa Huckabee, apresentado pelo ex-governador do Arkansas, nos Estados Unidos, Mike Huckabee, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) deu declarações polêmicas sobre o conflito envolvendo Rússia e Ucrânia. Para o parlamentar, o fato de os ucranianos não possuírem mais armas nucleares é “muito triste”.
“Estamos em um ponto muito sensível e infelizmente estamos olhando para uma guerra. Mas isso mostra ao mundo que, para ter sua própria segurança, você deve ter ótimas forças armadas. Algo triste é que a Ucrânia, há alguns anos, eles não deveriam mais ter bombas poderosas ou bombas nucleares. Então agora eles não podem se defender de uma forma que não precisem de ajuda. Isso é muito triste. Talvez seja uma mensagem para o resto do mundo”, assinalou o filho 03 do presidente.
Em entrevista para ex-governador do Arkansas, Eduardo Bolsonaro lamenta que Ucrânia não tem mais bombas nucleares. “Agora eles não podem se defender”.
Nos EUA para participar de um congresso, deputado criticou o vice-presidente @GeneralMourao: “invadindo a área do presidente”. pic.twitter.com/dzPYxy1C3T
Vale lembrar que, nesse domingo (27/2), Vladimir Putin acendeu um alerta mundial ao pedir que forças nucleares da Rússia fiquem em estado de alerta em meio ao conflito no Leste Europeu. Além disso, a ameaça nuclear aumentou depois que um referendo foi aprovado em Belarus, retirando o status não nuclear do país e facilitando a instalação de armas nucleares russas em seu território.
O deputado federal ainda comentou sobre posicionamentos do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), que afirmou não concordar com a invasão da Ucrânia logo nos primeiros dias em que o conflito estourou.
“Não é a primeira vez que nosso vice-presidente fala coisas que contrariam a opinião de Bolsonaro”, disse Eduardo Bolsonaro. Para o filho do mandatário do país, não existem problemas em Mourão possuir opiniões distintas das de seu pai, desde que não as divulgue publicamente.
“Esse tipo de opinião do vice-presidente, ele pode tê-las. Mas quando ele fala disso publicamente está invadindo a área do presidente. Então é por isso que Bolsonaro disse que isso não representa a opinião do presidente. Não é grande coisa, mas você tem que observar o espaço no território de cada um que está no governo”, declarou.
Jair Bolsonaro ainda não chegou a se posicionar explicitamente a favor da Rússia no conflito que já dura cinco dias. Contudo, declarações recentes do presidente apontam para um possível alinhamento com o Kremlin, tendo inclusive algumas delas sendo repercutidas pela mídia russa como apoio a Vladmin Putin.
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