Blog do Esmael antecipou: Ratinho Júnior pode ser vice de Lula, diz Cláudio Humberto

Lula articula aliança inesperada para 2026, confirma coluna de CH

O informadíssimo jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, de Brasília, trouxe à tona nesta sexta-feira (14) uma articulação política que já vinha sendo ventilada aqui no Blog do Esmael desde fevereiro: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria cortejando o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), para ser seu vice nas eleições presidenciais de 2026.

Sim, caro leitor, a política é um tabuleiro dinâmico e imprevisível! Enquanto a base petista não chega a um consenso sobre a viabilidade dessa aliança, nos bastidores de Brasília, até as carpas do Lago Paranoá já sabem que conversas estão acontecendo. E olha que nem estamos na temporada oficial de troca-troca partidário!

Reação de Ratinho Júnior: fogo e fúria

Quando revelamos essa informação no dia 23 de fevereiro, a resposta do governador foi digna de um personagem shakespeariano: reagiu com virulência, tentando desmentir nossa apuração. Agora, com um peso-pesado como Cláudio Humberto repetindo a mesma história, fica a pergunta: Ratinho vai atacar o Diário do Poder com a mesma intensidade? Ou, como diria aquele velho ditado, “quando o rio faz barulho…”

[Abaixo, você lê a íntegra da coluna de Claudio Humberto.]

Nos corredores do Palácio Iguaçu, há quem diga que existe um “telefone vermelho” entre aliados de Ratinho e setores do PT. O dilema é: até que ponto essa aproximação pode custar caro ao governador, especialmente junto ao eleitorado conservador do Paraná, que tem histórica rejeição ao petismo?

O xadrez de 2026: Bolsonaro preso ou solto?

Nessa equação, um fator decisivo é o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Dois cenários estão em jogo:

  • Bolsonaro preso: Se a Justiça determinar sua detenção, a direita precisará de um nome forte para manter a base unida. Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) desponta como opção natural, mas Ratinho Júnior poderia tentar viabilizar-se nesse vácuo.
  • Bolsonaro solto:
    • Elegível: Entra em campo para um novo duelo direto com Lula [caso a anistia prospere no Congresso].
    • Inelegível: Delega a candidatura a um nome próximo, como Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro ou Flávio Bolsonaro.

Por que Lula quer Ratinho Júnior como vice?

A estratégia de setores petistas é clara: atrair a centro-direita para ampliar a base de apoio e dividir a oposição. O governador do Paraná, que não tem uma legenda forte o suficiente para bancar uma candidatura própria ao Planalto, pode ver na vice de Lula um caminho dourado para chegar ao protagonismo nacional.

Com essa jogada, Lula repete o que fez com Geraldo Alckmin (PSB) em 2022: neutraliza um adversário e, ao mesmo tempo, ganha acesso a um eleitorado resistente ao PT na região Sul.

Senado no Paraná: o que acontece sem Ratinho?

Caso Ratinho embarque nessa estratégia nacional, o jogo para o Senado no Paraná ganha novos contornos. Na direita, os nomes de Filipe Barros (PL), Alvaro Dias (Podemos) e Deltan Dallagnol (Novo) já circulam como opções. Dallagnol, porém, continua inelegível graças à Lei da Ficha Limpa.

A esquerda e o centro ainda não definiram candidaturas, mas a ida de Gleisi Hoffmann (PT) para a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política no governo Lula, pode abrir espaço para uma disputa intensa por uma das duas cadeiras no Senado. Também está de olho no Senado o deputado Zeca Dirceu (PT), dileto amigo de Ratinho Júnior.

Aliás, não é segredo que Lula enxerga o Senado como estratégico. O presidente já teria dito que “trocaria cinco governadores por uma vaga na Casa”. Se Ratinho topar a vice, não seria surpresa ver o PT costurando um nome forte para a disputa.

O jogo está só começando

O governador Ratinho Júnior pode até negar publicamente, mas os bastidores da política são inclementes: o xadrez de 2026 está em pleno movimento. E, no final das contas, a história nos ensina que na política, assim como no futebol, o que vale é a próxima partida.

Resta saber se Ratinho irá mesmo atravessar essa ponte, e a que custo. Pelo sim, pelo não, o Blog do Esmael segue acompanhando de perto essa novela política.

Aqui está a íntegra da publicação de Claudio Humberto, no Diário do Poder:

Lula tenta dividir oposição atraindo Ratinho Junior para ser vice do PT em 2026 – Diário do Poder

Coluna CH / 14 de março

14/03/2025 0:00 | Atualizado em 14/03/2025 7:48

Governador Ratinho Junior (PSD) e o presidente Lula (PT) têm governos com avaliações conflitantes (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Com seu governo rejeitado pela maioria dos brasileiros, até nos Estados do Nordeste, e pressionado pela aprovação recorde de governadores de direita, Lula (PT) começa a se mexer para tentar dividir a oposição. Sua jogada de ousadia atrai o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), oferecendo-lhe a vaga de vice da chapa do PT para presidente da República em 2026, ainda que ele próprio não pretenda a reeleição. Fontes do governo garantem que as conversas estariam avançadas.

Silêncio intrigante

O entendimento explicaria o silêncio de Ratinho Jr, único governador conservador que não defendeu Bolsonaro de acusações de “golpe”.

Aliados negam

Políticos ligados a Ratinho negaram adesão ao jogo. Eles temem que o eleitor paranaense, com sua repulsa histórica ao PT, sinta-se “traído”.

Preço alto demais

A adesão de Ratinho Jr teria um preço: seu apoio a eventual candidatura de Gleisi Hoffmann ou de alguém por ela indicado ao governo do Paraná.

Alckmin volta a SP

Eventual adesão de Ratinho Jr mexeria no tabuleiro político: o vice Geraldo Alckmin (PSB) seria “forçado” a disputar o governo de São Paulo ou vaga no Senado, desafiando o favoritismo do grupo liderado pelo governador Tarcísio de Freitas (Rep).

Afinal, quem é Claudio Humberto?

Cláudio Humberto é um jornalista e colunista político, conhecido por suas análises afiadas e bastidores do poder em Brasília. Ele ganhou notoriedade nos anos 1990 como porta-voz do ex-presidente Fernando Collor de Mello durante seu governo (1990-1992). Após a queda de Collor, Cláudio Humberto consolidou sua carreira como colunista político, publicando informações privilegiadas sobre os bastidores do governo, Congresso Nacional e Judiciário.

Atualmente, ele é editor-chefe do Diário do Poder, um site de notícias focado em política nacional, onde mantém sua tradicional coluna “Coluna CH”, veiculada em diversos jornais brasileiros. Seu trabalho se caracteriza pelo estilo direto, com informações exclusivas, muitas vezes antecipando movimentações políticas antes de se tornarem públicas.

Embora seja crítico a governos de diferentes espectros políticos, Cláudio Humberto é frequentemente associado a posições conservadoras e mantém fontes influentes nos bastidores do poder. Seu histórico como jornalista e sua rede de contatos fazem dele uma das figuras mais lidas por políticos, assessores e analistas do cenário nacional.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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