Susan Sarandon: “Até quando ficaremos em silêncio enquanto nossos ‘aliados’ matam jornalistas por dizerem verdades inconvenientes?”
A voz da Palestina não morrerá
Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil)
O mundo amanheceu diante de mais um crime de lesa-humanidade do regime de Apartheid de Israel, o brutal assassinato premeditado, com um tiro na cabeça, da veterana jornalista palestina Shireen Abu Aqla, enquanto cobria, para a Al Jazeera, mais uma invasão israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Palestina ocupada.
Ela vestia o colete de identificação internacional para jornalistas e capacete, inclusive com proteção contra disparos de arma de fogo, mas foi atingida mortalmente perto do ouvido, tornando certo que se tratou de mais um assassinato premeditado.
Assassinar jornalistas ou feri-los gravemente é prática rotineira de Israel.
Nos últimos anos seus soldados atiraram nos olhos de dezenas de jornalistas palestinos, especialmente fotógrafos e cinegrafistas, todos enquanto cobriam os crimes israelenses contra o povo palestino.
Quase todos ficaram cegos e sofrem até hoje de outras sequelas decorrentes dos ferimentos. Muitos foram assassinados.
A intenção de Israel é calar a voz da Palestina, cegar a Palestina.
Israel não quer que o mundo saiba de seus crimes de lesa-humanidade pelas vozes e imagens dos destemidos jornalistas palestinos.
Israel age como todos os regimes fascistas agiram no curso da história.
Prender, torturar, sequelar e matar jornalistas, impedir a liberdade de imprensa e de expressão é inerente ao que Israel é desde que nasceu: um regime segregacionista e de Apartheid, que se fez à base da limpeza étnica na Palestina, experimento social genocida que segue nos dias de hoje.
Israel não cumpre nenhuma das dezenas de resoluções da ONU para a Palestina, especialmente a 194, de 11 de dezembro de 1948, que reconheceu ter havido limpeza étnica e determinou o retorno dos atuais 6 milhões de refugiados palestinos.
A admissão de Israel na ONU, em 11 de maio de 1949, se deu sob a condição de acatar a resolução 194, o que até hoje não ocorreu.
Por isso e pelo integral desrespeito ao Direito Internacional, por ser um regime de Apartheid, por cometer comprovados crimes de lesa-humanidade na Palestina, pedimos ao mundo proteção internacional ao povo palestino e Israel fora da ONU Já!
A voz da Palestina não morrerá. Ela ecoa pelas vozes de todos os seus jornalistas assassinados por Israel. Shireen Abu Aqla vive! Justiça para Shireen Abu Aqla!
Palestina Livre a partir do Brasil, 11 de maio de 2022, 74° ano da Nakba.
Da atriz Susan Sarandon: Por quanto tempo continuaremos em silêncio?
“Shireen Abu Akleh foi EXECUTADA com um tiro na cabeça por franco-atiradores israelenses enquanto usava seu capacete e colete à prova de balas que dizia PRESS on in.
Por quanto tempo continuaremos em silêncio enquanto nossos “aliados” matam jornalistas por dizerem verdades inconvenientes?”
Paulo Pimenta: Nesreen Abu Aqla, uma “heroína do seu país”
Publicação de: Viomundo