Gleisi detona Bolsonaro e diz que povo rejeita anistia

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou neste domingo (6) que “a maioria do povo brasileiro não apoia a anistia” para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. A declaração veio como resposta direta à manifestação liderada por Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Mesmo no banco dos réus seguem mentindo, ofendendo e ameaçando o Estado Democrático de Direito”, disparou Gleisi, em nota veiculada nas redes sociais. O texto é um verdadeiro raio-X das intenções da extrema-direita: transformar anistia em sinônimo de impunidade – diz a ministra.
O ato promovido por Bolsonaro neste domingo serviu como palanque para ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, e críticas abertas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também foram hostilizados o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e outros membros do Congresso.
A manifestação teve como eixo central o pedido de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, aqueles que depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília — um movimento que a ministra Gleisi classificou como “farsa”.
Para Gleisi, o movimento bolsonarista tenta apagar os atos de violência cometidos no início de 2023. Mas, segundo ela, há algo que não se pode esconder: “a violência e o ódio que continuam guiando suas ações”.
“Não vão parar enquanto não forem responsabilizados, no devido processo legal, pelos crimes que cometeram contra o país e a democracia”, afirmou a ministra responsável pela articulação política do governo federal.
- O Palácio do Planalto adotou silêncio estratégico, deixando Gleisi fazer o enfrentamento público.
- Aliados de Lula avaliam que Bolsonaro tenta reeditar a narrativa de vítima para manter sua base mobilizada, mesmo inelegível.
- No STF, ministros consideraram “grave” o conteúdo de falas feitas no palanque e preveem novas investigações.
Bolsonaro voltou a afirmar que nunca aceitou o resultado das eleições. Na avaliação de observadores, o ex-presidente repetiu teses golpistas e apelou para intervenção internacional, acusando o Judiciário brasileiro de perseguição.
Gleisi reagiu: “Na boca dos golpistas, a palavra anistia se reduz a uma farsa… querem apagar os fatos que aterrorizaram o país”.
Esse embate acirrado reaquece o clima entre direita radical e instituições que estabelecem e fundamentam o ordenamento político do país. E reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilização legal de líderes políticos.
- O Congresso Nacional pode se tornar palco da próxima batalha, com a pressão bolsonarista por um projeto de anistia.
- O Judiciário segue firme em manter as condenações dos envolvidos no 8/1, com apoio explícito de ministros como Moraes e Barroso.
- A base petista e movimentos sociais prometem resistência ativa contra qualquer tentativa de institucionalizar o perdão aos golpistas.
? Gleisi vs. Bolsonaro
Quem é contra a anistia aos golpistas de 8 de janeiro?
A maioria da população, segundo Gleisi Hoffmann. Líderes do PT, ministros do STF e movimentos sociais também são contrários.
O que Bolsonaro pediu no ato da Avenida Paulista?
Pediu anistia para os presos do 8 de janeiro, atacou o STF, o presidente Lula e fez insinuações sobre intervenção estrangeira.
O que Gleisi Hoffmann disse sobre o discurso de Bolsonaro?
Disse que ele mentiu, ameaçou a democracia e tenta apagar os crimes cometidos em 8/1 com um projeto de anistia que ela chama de “farsa”.
A anistia está sendo discutida no Congresso?
Sim. Bolsonaristas articulam um projeto para perdoar os condenados, mas enfrentam forte resistência do governo e da oposição democrática.
Gleisi Hoffmann colocou o dedo na ferida: anistia sem julgamento é impunidade com recibo. Segundo ela, a manifestação deste domingo reforça que a extrema-direita ainda joga com cartas autoritárias — mas agora sob o olhar atento da Justiça.
Enquanto isso, o povo brasileiro assiste ao novo capítulo de uma novela onde a verdade e a responsabilidade precisam vencer o negacionismo. Como disse Gleisi, “o Brasil quer paz e justiça”.
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Publicação de: Blog do Esmael