Bolsonaro age como se não mandasse na Petrobras
Bolsonaro cobrou que a Petrobras reduza preços porque o preço do petróleo recuou. Alguns poderão cair nessa, mas o fato é que é ele quem MANDA na Petrobras e pode modificar o preço na hora em que quiser.
Bolsonaro não é valentão para ameaçar o STF? Por que parece um gatinho diante dos acionistas estrangeiros que estão enriquecendo muitas vezes mais com o nosso sangue, suor e lágrimas?
Cara-de-pau. Que respeite nossa inteligência.
Leia a matéria do Metrópoles, abaixo.
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Bolsonaro cobrou que a Petrobras reduza preços porque o preço do petróleo recuou. Alguns poderão cair nessa, mas o fato é que é ele quem MANDA na Petrobras.
Um dia após o anúncio da estatal, o Congresso Nacional aprovou, e Bolsonaro sancionou, o projeto de lei que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre Combustíveis, numa tentativa de amenizar o repasse da alta dos preços ao consumidor final.
“Estamos tendo notícias de que, nos últimos dias, o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda a certeza, ela fará isso daí”, disse o presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
“Ao que tudo indica, os números de agora, em especial o preço do barril de petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo. Espero que assim seja. E espero que a nossa querida Petrobras retorne aos níveis da semana passada os preços dos combustíveis no Brasil”, acrescentou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também discursou e disse que o Brasil está “preparado para reagir”, caso ocorra o que chamou de “segunda guerra mundial”, motivada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. A guerra entre os dois países provocou o aumento do preço do petróleo no mundo todo. A Rússia é um dos maiores exportadores mundiais de petróleo.
“Nós temos um protocolo de guerra todo preparado [para reagir]. […] Nós estamos com o déficit zerado. Nós estamos prontos para outra briga. Se vier uma Segunda Guerra Mundial aí, nós estamos prontos de novo. Nós vamos expandir de novo porque nós estamos com o déficit zerado”, disse o ministro.
“Se vier a 2ª Guerra Mundial aí, estamos prontos”, diz Paulo Guedes.
Ministro da Economia disse estar preparado para um conflito que já aconteceu. A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre os anos de 1939 e 1945. pic.twitter.com/UtNdZiwhNp
— Metrópoles (@Metropoles) March 15, 2022
Depois da declaração, Guedes foi ao encontro de jornalistas para se explicar. “Não estou falando de Segunda Guerra Mundial [como os conflitos planetários que marcaram o Século 20]. Nada disso. [Guerra entre Rússia e Ucrânia] subiu o combustível, os fertilizantes, e isso nos atinge. Aí eu quis dizer que se houvesse essa guerra do petróleo, essa guerra dos grãos, nós vamos estar preparados para reagir. Só isso.” Guedes usa a crise da pandemia do coronavírus como “primeira guerra mundial”.
Reajuste no preço dos combustíveis
O reajuste anunciado pela Petrobras começou a valer na última sexta-feira. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.
O GLP, conhecido como gás de cozinha, também ficou mais caro. O preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 16,1% e passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg.
“Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, afirmou a estatal, em comunicado.
A empresa argumentou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.
O governo federal estuda uma forma de segurar os preços dos combustíveis. A equipe econômica avalia repassar o custo da alta do petróleo no mercado internacional para a estatal ou criar novo programa de subsídios.
Metrópoles
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