Bolsonaristas invadem centro de formação do MST em PE, picham espaços com suástica e incendeiam casa

Invasão bolsonarista com suástica e incêndio no Centro de Formação Paulo Freire, Caruaru/PE

Nota da Direção do MST-PE sobre invasão criminosa bolsonarista e neonazista

Página do MST

Na madrugada deste sábado (12/11), o Centro de Formação Paulo Freire, localizado no assentamento Normandia, foi atacado por um grupo de bolsonaristas.

Inicialmente foram vistos quatro pessoas, com camisas amarelas. Elas aproveitaram uma festa de vaquejada, com som extremamente alto, que estava ocorrendo no Parque de Vaquejada Milanny, que se localiza na frente de nosso assentamento.

Às três horas da manhã, os bolsonaristas invadiram o espaço do centro e picharam vários espaços coletivos com o símbolo da suástica nazista e o nome MITO.

Além disso, os bolsonaristas arrombaram e incendiaram a casa de moradia da coordenadora do centro.

Com o fogo, a militância que mantém o Centro foi alertada e conseguiu ainda apagar o incêndio.

Entretanto, a casa foi parcialmente queimada, principalmente as camas, telhados e os pertences.

Não é a primeira vez que o Centro de Formação Paulo Freire é atacado.

Em 2019, no primeiro ano do governo de Bolsonaro, moveram uma ação de despejo contra nosso espaço que felizmente foi barrado por uma extensa rede de solidariedade vinda do Brasil e de outros lugares do mundo.

Desde então, o processo ficou parado, aguardando procedimento do Incra que, em função da pandemia, ainda não foi realizado. Esperamos resolver de forma definitiva, tão logo o novo governo federal tome posse.

Lamentamos muito ter que fazer este informe, já que saímos de uma jornada eleitoral polarizada e acirrada.

O Brasil e o povo brasileiro clamavam por atitudes e empenho para resgatar a democracia, os preceitos constitucionais do estado democrático de direito e uma postura enérgica contra a fome, contra a violência, contra o ódio e contra todo o tipo de preconceito.

Os bolsonaristas foram derrotados nas eleições, mas uma minoria, movida pela intolerância, preconceito e ódio de classe, de raça e gênero, não aceitou os resultados da democracia e está querendo nos impor um terceiro turno.

Felizmente, desta vez ninguém se feriu. Os danos materiais, a gente resolve.

Fica mais uma vez a lição de que não podemos “baixar a guarda”. Temos que nos manter  alerta para proteger nossas estruturas e garantir a posse de Lula no primeiro de janeiro.

Até lá, alerta máxima. Cuidar e proteger nossas estruturas e nossas lideranças contra a ira do ódio e do preconceito e da intolerância, dos grupos fascistas.

Contra todo o tipo de ódio e intolerância, venceremos!

Abraços

Direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-Pernambuco

Publicação de: Viomundo

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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