Bolsonaro e Witzel podem se unir
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Partido de Wilson Witzel, ex-governador do Rio, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) abriu conversas com Jair Bolsonaro por alianças eleitorais em 2022. Presidente nacional do partido, Sued Haidar desembarcou em Brasília nesta quarta-feira e deve se reunir com Bolsonaro nos próximos dias.
Sidclei Nogueira, presidente estadual do partido no Rio e filho de Sued, que a acompanha na viagem, pontua que o partido está aberto a discutir o apoio a Bolsonaro na corrida ao Planalto, caso o presidente faça uma contrapartida em estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, nas candidaturas a governador — no RJ, Witzel é o nome da sigla.
“Vamos ver se há reciprocidade (nesses estados). Se (Bolsonaro) não puder apoiar nossos candidatos no primeiro turno, que se comprometa a apoiar no segundo”, disse Sidclei.
Indagado sobre o histórico de atrito entre Bolsonaro e Witzel, Sidclei respondeu:
“A ideia é selar a paz, trabalhar para que essa rachadura seja fechada e soldada”.
Witzel evitou comentar o passado conflituoso com o clã Bolsonaro, como quando acusou o presidente de orquestrar seu impeachment e usar politicamente a Polícia Federal. Oficializado candidato ao governo na convenção partidária do PMB, Witzel afirmou que seguirá a orientação que a legenda determinar.
“A decisão sobre alianças cabe ao partido. E eu sigo a decisão do partido. Aquilo que for definido, vou cumprir com empenho. Quero que o partido cresça e tenha projeção nacional”, disse. Em seguida, afirmou que, caso venha a se encontrar pessoalmente com Bolsonaro, levaria ao presidente questões do programa de governo que pretende mostrar na campanha. São, em sua maioria, assuntos relacionados à dívida fiscal do Rio.
Apesar do ensaio de reaproximação, Bolsonaro não apoiará Witzel no primeiro turno, tendo em vista que seu partido, o PL, investe tempo e dinheiro na reeleição do atual governador, Cláudio Castro.
Já em Minas Gerais, o PMB lançou a candidatura de Cabo Tristão, militar que pretendia apoiar Pablo Marçal, do Pros, na corrida ao Planalto até o coach se retirar do pleito eleitoral por divergências partidárias. O PMB espera que, decepcionado com o governador Romeu Zema, Bolsonaro apoie Tristão ou, então, admita palanque duplo, participando de agendas com o militar e com Carlos Viana, postulante do PL ao Palácio Tiradentes.
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