TV por assinatura no Brasil atinge menor nível desde 2009
A TV por assinatura tem enfrentado uma queda significativa em muitos países ao redor do mundo, mas o Brasil se destaca com um recuo alarmante de 52,7% desde o auge de 2014. Esse movimento é reflexo de uma mudança de hábitos nas gerações mais jovens, que preferem plataformas digitais e on-demand em vez de modelos tradicionais de TV. De acordo com a professora Maria Letícia Renault, da Universidade de Brasília, a mobilidade total das pessoas, que buscam assistir conteúdos onde e quando quiserem, é um fator determinante nessa transição.
O impacto dos serviços de streaming: Netflix e Globoplay dominam
O crescimento de plataformas como Netflix, Globoplay e outras opções de streaming tem sido um dos maiores responsáveis pela derrocada da TV por assinatura no Brasil. Ao oferecer conteúdo sob demanda, essas plataformas se tornaram a principal forma de entretenimento de uma geração que já não se adapta ao modelo de TV linear. Não apenas os jovens, mas também as faixas etárias mais velhas estão migrando para o ambiente digital, onde podem acessar conteúdos específicos sem as limitações de horário e formato.
O papel da economia e do acesso à internet
A crise econômica também é apontada como um fator importante para a diminuição do número de assinantes. Muitas famílias que antes optavam por pacotes caros de TV por assinatura estão revisando suas opções e preferindo alternativas mais baratas e flexíveis. Além disso, o avanço da infraestrutura de internet no Brasil, com maior acesso a conexões rápidas e confiáveis, facilita ainda mais a adesão aos serviços de streaming, que não exigem um custo fixo mensal alto.
Maior concentração nas operadoras: Claro, Sky e Vivo lideram
Apesar da queda no total de assinantes, o mercado de TV por assinatura continua concentrado nas mãos de algumas operadoras. A Claro, por exemplo, lidera o mercado com 51,1% de participação, seguida pela Sky com 28,8% e a Vivo com 8,5%. No entanto, os números indicam que a competição com os serviços digitais será cada vez mais feroz, e a sobrevivência das operadoras tradicionais dependerá da adaptação ao novo consumo de mídia.
Adeus, Globonews? Adeus, CNN?
Outro reflexo do declínio da TV por assinatura é a queda de audiência dos principais canais de notícias. Em 2024, os 5 maiores canais de TV por notícias registraram uma audiência diária de apenas 11.792 espectadores. A preferência por conteúdos mais rápidos e segmentados, disponíveis em plataformas de streaming e redes sociais, é uma realidade que as emissoras tradicionais ainda não conseguiram contornar.
Mudança de hábito
A queda na TV por assinatura no Brasil não é apenas um reflexo de questões econômicas, mas também da transformação nos hábitos de consumo de mídia, que se afastam do modelo tradicional e abraçam as opções digitais. O desafio das operadoras será se adaptar a essas novas demandas, enquanto plataformas como Netflix, Globoplay e outros serviços de streaming continuam a dominar. A questão é: como as grandes operadoras irão responder a essa mudança? O tempo dirá.
Se você se identifica com essas mudanças ou tem algo a acrescentar sobre o futuro da mídia no Brasil, compartilhe nos comentários. E não se esqueça de seguir nosso conteúdo para mais análises detalhadas sobre a transformação da mídia brasileira!
Publicação de: Blog do Esmael