Lula apoia a iniciativa da África do Sul de acionar Israel na Corte Internacional de Justiça por genocídio, diz nota à imprensa

Da Redação 

Eram 18h32 desta quarta-feira, 10 de janeiro, quando a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) publicou no X que o Brasil havia acabado de declarar apoio à ação África do Sul contra Israel por genocídio.

Às 20h06, em nova postagem, a Fepal agradeceu a todos que ajudaram na campanha pelo apoio do Brasil:

— É uma notícia incrível. O endosso do Brasil é fundamental para fazer cessar o genocídio palestino.

— Israel vai sentar no banco dos réus.

Em nota à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil comunicou oficialmente o apoio à iniciativa da África de acionar a Corte Internacional de Justiça:

À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

Na mesma nota à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores informou que o presidente Lula recebeu hoje o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben, para discutir a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia:

O presidente Lula recordou a condenação imediata pelo Brasil dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023. Reiterou, contudo, que tais atos não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por Israel contra civis.

Já são mais de 23 mil mortos, dos quais 70% são mulheres e crianças, e há 7 mil pessoas desaparecidas.

Mais de 80% da população foi objeto de transferência forçada e os sistemas de saúde, de fornecimento de água, energia e alimentos estão colapsados, o que caracteriza punição coletiva.

O presidente ressaltou os esforços que fez pessoalmente junto a vários chefes de Estado e de Governo em prol do cessar fogo, da libertação dos reféns em poder do Hamas e da criação de corredores humanitários para a proteção dos civis.

Destacou, ainda, a atuação incansável do Brasil no exercício da presidência do Conselho de Segurança em prol de saída diplomática para o conflito.

Publicação de: Viomundo

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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