Deputado do PT comandará Petrobrás

Foto: Reuters/Sergio Moraes

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo ontem e irá indicar o senador em fim de mandato Jean-Paul Prates (PT-RN) como presidente da Petrobras. Os dois se reuniram durante a tarde desta quinta-feira em Brasília, quando discutiram os últimos detalhes antes de a informação ser formalizada.

A escolha foi confirmada ao Valor por fontes da cúpula do PT. De acordo com integrantes da legenda, os dois conversaram sobre detalhes da política que deve ser adotada pela empresa pública para a área de produção de petróleo e energia a partir do próximo ano.

Jean-Paul Prates integrou a antiga Petrobras Internacional (Braspetro), nos anos 1980, e participou da elaboração da Lei Petróleo, em 1997. Foi suplente da atual governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT), a quem substituiu quando ela foi eleita para o cargo executivo, em 2018.

No Senado, foi relator em fevereiro deste ano de doisprojetos de lei que interferiam na política de preço dos combustíveis. As propostas, aprovada no Senado, pararam na Câmara. Mudavam a tributação no setor e criavam uma conta de estabilização

Após as eleições presidenciais, foi escolhido por Lula para acompanhá-lo na COP-27, conferência da ONU sobre mudanças climáticas. O evento aconteceu no Egito e a ideia era que Prates auxiliasse o presidente nas conversas com líderes estrangeiros e representantes de organizações especializadas no tema da energia.

A partir da sua indicação para a presidência da Petrobras, que deve acontecer nas próximas semanas, o senador do Rio Grande do Norte deverá passar pelo crivo dos órgãos de controle à luz da Lei das Estatais.

A participação de Prates na campanha política de Luiz Inácio Lula da Silva será o ponto principal a ser escrutinado, na visão de especialistas ouvidos pelo Valor. Isso porque, ao longo da campanha presidencial, foi noticiado que o senador contribuiu na construção do programa de governo, na área de energia, óleo e gás.

Nos últimos meses, Prates recorreu a seus advogados para construir um parecer que rejeite qualquer entrave legal e sustente sua indicação para o cargo.

Em 2020, ele foi candidato à prefeitura de Natal, mas não foi eleito. Já nas eleições mais recentes, foi o primeiro suplente de Carlos Eduardo Alves (PDT), também derrotado.

Jean-Paul Prates é advogado e economista, ambientalista, empreendedor e dirigente sindical. Tem mais de 25 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais.

Cursou Direito na UERJ e Economia na PUC/RJ. Nos Estados Unidos, tornou-se Mestre em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania. Na França, concluiu mestrado em Economia de Petróleo e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo.

Na área de petróleo, participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 80. Em 1991 fundou a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo.

Em 1997, ele participou da elaboração da Lei do Petróleo. Também foi o redator do Contrato de Concessão oficial brasileiro e do Decreto dos Royalties.

Procurada, a assessoria de imprensa do senador não quis se pronunciar sobre a indicação.

Valor Econômico  

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