A resposta de Gleisi à arrogância e má-fé dos editoriais do Globo e Estadão sobre Lula e o massacre da população de Gaza

Da Redação

Nessa quarta-feira, 15/11, os editoriais de O Globo e Estadão foram sobre as declarações do presidente Lula na chegada a Brasília dos 32 palestino-brasileiros que há 37 dias estavam retidos na Faixa de Gaza.

Lula, indignado com as mortes de crianças e mulheres palestinas, disse:

”Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o Estado de Israel está cometendo também vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão em guerra, ao não levar em conta que as mulheres não estão em guerra”.

”Eles estão matando junto crianças. Já são mais 5 mil crianças. Tem mais de 1.500 crianças desaparecidas que certamente estão no meio dos escombros”.

O Globo e o Estadão, que fazem uma cobertura jornalística ostensivamente desequilibrada do conflito, passando o pano para as atrocidades cometidas pelo Estado de Israel, não gostaram.

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, respondeu-lhes no X (antigo twitter).

” Querem censurar o presidente Lula, determinar as palavras que ele pode ou não pode dizer sobre o massacre da população civil em Gaza”, afirma Gleisi (@gleisi) na sua postagem (na íntegra, ao final).

”Aferram-se a uma discussão bizantina, sobre o emprego da palavra terrorismo, para no fundo sancionar a retaliação bárbara e desproporcional do governo Netanyahu aos condenáveis ataques do Hamas a civis de Israel”, observa.

E dá-lhes uma sapatada à altura: ”’Primitivo’ é impor a lei do mais forte numa região ocupada por meio da violência. ‘Desequilíbrio’ é escolher entre seres humanos os que podem ser mortos e aqueles que podem matar. ‘Descabido’ é proibir Lula de receber um artista como Roger Waters por causa de suas posições políticas”.

Abaixo, a íntegra da mensagem

Gleisi Hoffmann @gleisi

É impressionante a arrogância dos editoriais do Globo e Estadão de hoje. Querem censurar o presidente Lula, determinar as palavras que ele pode ou não pode dizer sobre o massacre da população civil em Gaza.

A mesma censura que nos impõem sobre manifestações em solidariedade aos palestinos ao redor do mundo.

Precisamos recorrer à mídia estrangeira para saber das marchas de centenas de milhares na Europa e até nos EUA, porque os donos da nossa imprensa não admitem que há dois lados nessa guerra, não apenas o que eles apoiam.

Aferram-se a uma discussão bizantina, sobre o emprego da palavra terrorismo, para no fundo sancionar a retaliação bárbara e desproporcional do governo Netanyahu aos condenáveis ataques do Hamas a civis de Israel.

“Primitivo” é impor a lei do mais forte numa região ocupada por meio da violência. “Desequilíbrio” é escolher entre seres humanos os que podem ser mortos e aqueles que podem matar. “Descabido” é proibir Lula de receber um artista como Roger Waters por causa de suas posições políticas.

Lula elevou o Brasil a um protagonismo inédito na diplomacia internacional, até por expor corajosamente os limites do sistema unipolar em que vivemos. É isso que incomoda tanto os donos mesquinhos da nossa imprensa.

Publicação de: Viomundo

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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