STF transforma em réus acusados do ‘núcleo 2’ do 8 de janeiro

Por unanimidade, Primeira Turma do Supremo avança no julgamento da tentativa de golpe

Autismo ALEP

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (22), receber a denúncia da PGR contra os seis integrantes do chamado “núcleo 2” da tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro. Com a decisão, os acusados passam a responder formalmente a uma ação penal na Suprema Corte.


A medida amplia para 14 o número total de réus no STF pelo ataque à democracia, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que integra o chamado núcleo 1.

Os novos réus da tentativa de golpe

Com a decisão desta terça-feira, tornaram-se réus:

  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF e ex-secretário-executivo da SSP-DF;
  • Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Bolsonaro;
  • Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais do governo;
  • Marília de Alencar, ex-diretora de inteligência do MJ;
  • Mário Fernandes, general da reserva e ex-secretário da Presidência;
  • Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal.

Todos são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de atuar na organização e execução de ações voltadas à ruptura institucional.

Os argumentos do Supremo: fundamento na democracia

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou em seu voto que os seis participaram de “ações coordenadas” para minar o processo democrático e criar as condições para um golpe de Estado. Os demais ministros da Turma (Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin) acompanharam integralmente o relator.

PGR detalha papel operacional dos réus

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu o recebimento da denúncia com base em provas documentais e depoimentos colhidos em inquéritos sigilosos. A PGR aponta que o núcleo 2 foi responsável pelo suporte logístico e tático da tentativa de ruptura institucional.

Bolsonaro e o núcleo 1 já são réus

Em julgamento anterior, o STF já havia aceitado denúncia contra o chamado “núcleo 1”, composto por figuras centrais da articulação golpista, incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

O que você precisa saber sobre o “núcleo 2” julgado no Supremo

O que significa ser réu no STF?

Significa que o Supremo aceitou a denúncia da PGR e abrirá processo penal. Os acusados passam a responder formalmente na Justiça.

O que acontece agora?

Inicia-se a fase de instrução: coleta de provas, oitivas de testemunhas e depoimentos dos réus. Ao final, o STF decide se condena ou absolve.

O julgamento tem data para terminar?

Não. A duração da instrução e do julgamento dependerá da complexidade do caso e da quantidade de provas e recursos.

Bolsonaro pode ser julgado junto?

Bolsonaro responde em outro processo, mas ambos os núcleos fazem parte da mesma engrenagem golpista, segundo a PGR.

STF endurece, mas polarização cresce

Com mais seis réus na conta do 8 de janeiro, o Supremo sinaliza que não haverá impunidade para quem atentou contra a democracia. Mas o embate com o bolsonarismo promete se intensificar, como mostra a recente manifestação do ex-presidente.

O que você acha? Justiça está sendo feita ou o clima político contamina os julgamentos? Comente e compartilhe.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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