RS confirma mais dois casos de varíola dos macacos e total chega a sete

A varíola dos macacos, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como emergência de saúde pública de interesse internacional no dia 23 de julho, segue tendo novos casos registrados no Brasil. Atualização do Ministério da Saúde desta segunda-feira (1º) informou 1.369 pessoas infectadas em 16 estados. Na quinta-feira (28), um paciente de Minas Gerais foi a primeira vítima fatal da doença no país. No Rio Grande do Sul, já são pelo menos sete casos confirmados.

Nesta terça-feira (2), a prefeitura de Garibaldi confirmou o primeiro caso em morador do município e a de Caxias do Sul informou o segundo caso. Na mesma data, a prefeitura de Viamão informou um caso suspeito. O primeiro diagnóstico positivo no estado foi confirmado em 12 de junho, em um homem que estava em viagem a Porto Alegre. A Capital já tem três casos confirmados. Uruguaiana também registrou uma pessoa infectada.

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A prefeitura de Caxias do Sul informa, em nota, que o resultado positivo refere-se a uma mulher adulta que não tem histórico direto de viagem, embora familiares tenham viajado recentemente. “A mulher está hospitalizada mas passa bem. Todos os contatantes da paciente estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica da SMS. O primeiro caso, confirmado na semana passada, é de uma mulher que segue em isolamento domiciliar e cujos contatantes seguem em monitoramento”, explica.

A prefeitura de Garibaldi diz que o paciente teve o diagnóstico após o exame coletado logo que apresentou os sintomas, há uma semana, permaneceu em isolamento domiciliar durante o período e já recebeu alta médica. “O município tomou todas as providências cabíveis para monitorar o paciente, seus familiares e pessoas próximas durante o período do isolamento. Segundo o Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, até o momento, não existem novos casos de suspeita da doença”, afirma a nota.

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Em Viamão, segundo a prefeitura, o caso suspeito está sendo monitorado desde a última sexta-feira (29), quando o teste para a confirmação da doença foi coletado pela equipe da Vigilância Epidemiológica e enviado ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), para exames de identificação genética do vírus. “O caso suspeito é de um homem, com idade não divulgada. Ele não possui histórico de viagem internacional”, afirma

Alerta para riscos de descontrole na propagação da doença

Artigo publicado por um grupo de cientistas na Revista Brasileira de Epidemiologia alerta para lentidão e negligência do poder público no combate à varíola dos macacos em território nacional; cenário que repete a inação observada ao longo da pandemia da covid-19. Assinado por especialistas que integram a Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o texto aponta falta de estrutura laboratorial para testagem e diagnóstico rápidos, dificuldades de obtenção e divulgação de dados em tempo real e pouca ação para capacitar trabalhadores e trabalhadoras da saúde a atender pacientes com a doença.

Vacinas previstas para o final de agosto

O Ministério da Saúde informou, na segunda-feira (1º), que receberá o antiviral tecovirimat para combater o surto da doença no final de agosto, através da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O ministro Marcelo Queiroga disse que os casos mais graves e profissionais de saúde que cuidam de pacientes com a doença terão prioridade num primeiro momento, visto que a primeira remessa será de 20 mil doses do imunizante.

A medicação ainda não tem registro no Brasil e será usada de forma emergencial. Segundo Queiroga, o antiviral não tem “evidência efetiva sólida” mas já está sendo usado em alguns países, em casos considerados graves.


A varíola dos macacos é uma doença viral, descoberta na década de 1970, causa lesões na pele e em casos mais graves pode levar à morte / AFP

Prevenção e cuidados

Causada por um vírus pertencente ao gênero ortopoxvírus da família poxviridae, a varíola dos macacos tem semelhanças com a varíola humana – que causou crises sanitárias no mundo todo por séculos, até que foi controlada pela vacinação na década de 1970.

A transmissão se dá a partir do contato próximo com fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como vestimentas, toalhas e roupas de cama. O período de incubação sem sintomas costuma durar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até 21 dias.

Entre os sinais da doença são febre, dores no corpo e na cabeça, cansaço, gânglios inchados e lesões com feridas espalhadas pela pele. Os machucados causam dores e coceira e algumas manchas podem deixar cicatrizes.

Pacientes com a confirmação da doença devem se isolar e quem esteve com essas pessoas também precisa de monitoramento. Para prevenir o contágio é preciso evitar contato próximo, como beijos, abraços e relações sexuais e compartilhamento de itens pessoais.


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Publicação de: Brasil de Fato – Blog

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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