Trump ataca Fordow: EUA entram na guerra Irã-Israel

Os Estados Unidos estão oficialmente em guerra com o Irã. Donald Trump confirmou neste sábado (21) que bombardeiros B-2 atacaram três instalações nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Esfahan — usando bombas destruidoras de bunkers de 13.660 kg, capazes de penetrar o solo fortificado.

A escalada representa o maior envolvimento militar dos EUA no Oriente Médio desde a invasão do Iraque em 2003. Fordow, enterrada em uma montanha, era considerada a instalação mais protegida do programa nuclear iraniano.

Trump rompe neutralidade e expõe nova doutrina de força

O ataque marca o fim da hesitação estratégica de Trump. Após dias de declarações ambíguas e recuos diplomáticos, o presidente americano autorizou pessoalmente a operação, transmitida como “bem-sucedida” e “necessária” para conter o avanço nuclear iraniano.

Em publicação oficial da Casa Branca no X (antigo Twitter), Trump celebrou a ação como “vitória militar” e “passo para a paz”, mas fontes do Pentágono alertam que o risco de retaliação é imediato e global.

A decisão contrasta com a retórica anti-intervencionista da campanha de 2024, que prometia manter os EUA longe de novos conflitos no exterior.

Alvo: Fordow, símbolo da resistência iraniana

Construída nas profundezas de uma montanha perto de Qom, Fordow era considerada impenetrável — até hoje. Especialistas afirmam que apenas a bomba antibunker GBU-57A/B, operada por bombardeiros B-2 americanos, teria capacidade de causar danos estruturais ao complexo.

A ofensiva foi coordenada com Israel, que já vinha conduzindo ataques sistemáticos desde 13 de junho contra bases e instalações nucleares iranianas. A operação conjunta marca uma ruptura total no paradigma da dissuasão indireta.

Khamenei sob ataque: sucessão no Irã entra no radar

Fontes iranianas confirmaram que o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, está recluso em um bunker e ativou um plano sucessório inédito com três nomes indicados à Assembleia de Peritos. A movimentação reforça a gravidade do momento: o regime considera real a possibilidade de decapitação política.

Grupos de inteligência internos temem infiltração israelense no alto comando do país. Em resposta, o Ministério da Inteligência do Irã cortou acesso à internet, bloqueou chamadas internacionais e determinou toque de recolher em várias cidades.

O que esperar a seguir: guerra total ou rendição parcial?

O Irã promete reagir. O ataque à Fordow pode ser entendido como um casus belli irreversível, capaz de precipitar ataques a bases americanas no Golfo Pérsico, bloqueio no Estreito de Ormuz ou ativação de milícias pró-Teerã no Líbano, Síria, Iêmen e Iraque.

Ainda que Trump fale em “hora da paz”, fontes diplomáticas europeias ouvidas pelo Guardian descrevem o cenário como “o início de uma nova era de confronto direto, sem mediação multilateral”.

A retaliação iraniana, segundo o aiatolá Khamenei, causará “danos irreparáveis” aos Estados Unidos. Já o chanceler Abbas Araghchi declarou que o país não aceitará negociações enquanto “o agressor não for responsabilizado”.

O silêncio da ONU e a volta da lei da selva global

No Conselho de Segurança da ONU, EUA e aliados bloquearam qualquer resolução de cessar-fogo. O impasse diplomático revive o colapso da ordem internacional: força bruta substituindo a legalidade multilateral.

A comparação com a guerra Irã-Iraque na década de 1980 é inevitável. Mas, agora, os ataques aéreos israelenses causaram mais destruição em uma semana do que Saddam Hussein em oito anos, segundo analistas iranianos.

A paz foi enterrada em Fordow

A entrada oficial dos EUA no conflito representa o fracasso da diplomacia coercitiva e o triunfo da lógica belicista. Fordow virou o marco zero de uma guerra globalizada e assimétrica, onde as vítimas civis são, mais uma vez, o alvo invisível.

A promessa trumpista de “América Primeiro” naufragou em sua própria contradição: um presidente eleito sob o manto do isolamento agora lidera um ataque que pode incendiar todo o Oriente Médio. A história, como sempre, cobrará seu preço.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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