Tarso Genro critica governo Eduardo Leite pela gestão da seca que atinge agricultores no RS

Nem mesmo a chuva é capaz de resolver os problemas decorrentes da atual estiagem que assola o interior gaúcho. As maiores perdas serão registradas nas lavouras de milho e de soja e na cadeia produtiva do leite. Porém, pomares de frutas e o gado já estão fortemente afetados pela seca.

Diante do preocupante cenário, com mais de 320 municípios em situação de emergência, o ex-governador Tarso Genro fez uma live em sua página no Facebook para falar da situação dos produtores e relembrar ações que foram adotadas em 2012, quando o Rio Grande do Sul também sofreu com a estiagem.

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Tarso relembrou programas como o Plano Safra Gaúcho, o Bolsa Estiagem, o Mais Água Mais Renda e o de construção de cisternas. Medidas emergenciais e estruturantes que poderiam amenizar os efeitos da atual seca se não tivessem sido extintos pelos governos de José Ivo Sartori e Eduardo Leite. 

“O que os governos neoliberais fizeram, com a conivência da grande mídia, foi encerrar programas estratégicos da agricultura familiar. Aí está o resultado: uma seca brutal que atinge os responsáveis pela comida que chega na nossa mesa. Os produtores foram completamente abandonados pelo Estado, uma ausência absoluta de políticas públicas na vida das pessoas”, afirmou Tarso.

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Frei Sérgio Görgen, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), relatou o que tem observado nas constantes viagens que tem feito pelo interior do estado. “Nós estamos diante de uma calamidade, uma crise humanitária no Rio Grande do Sul. É uma seca generalizada, com impactos profundos. Os afluentes do Rio Uruguai estão secando. Mas o que mais me impressiona é a insensibilidade dos nossos governantes. No caso do Bolsonaro, a gente até entende. Ele é um bandido, um psicopata. Agora, Eduardo Leite, um jovem governante, não tem a mínima sensibilidade. Não foi capaz de liberar uma ponta de recursos para ajudar as famílias do campo.”

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Já Cleonice Back, dirigente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (FETRAF-RS), comentou sobre as movimentações que as entidades estão organizando para tentar sensibilizar o governo Leite a adotar alguma medida.

Segundo Cleonice, alguns produtores perderam toda a safra. “Tem produtores que perderam 100% da lavoura de milho, o que afeta diretamente a produção de leite. E o mesmo está acontecendo com a lavoura de soja. E mesmo que a chuva volte, não há como recuperar. Produtores de laranja e bergamota também estão vendo os pés morrendo. Em muitas localidades não há água para os animais e para o consumo humano. Já tem muitos relatos também de queimadas.”

Além da página de Tarso Genro, a live foi transmitida simultaneamente pelas páginas do Brasil de Fato RS, Rede Soberania, PT Sul, Movimento dos Pequenos Agricultores, Central Única dos Trabalhadores (CUT)-RS, FETRAF-RS, entre outras.

 

Seca no RS: a situação da agricultura familiar e a ausência de ações dos governos

Seca no RS: a situação da agricultura familiar e a ausência de ações dos governos estadual e federal. Em 2012, o RS enfrentou uma grave estiagem. O Governo Tarso agiu imediatamente para amenizar a situação dos produtores gaúchos. Agora, uma nova seca está destruindo lavouras. E os governos Leite e Bolsonaro cruzam os braços.

Posted by Brasil de Fato RS on Monday, January 24, 2022

 

Publicação de: Brasil de Fato – Blog

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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