Nove pernambucanos pediram urgência de anistia para envolvidos na tentativa de golpe; saiba quem são

Nesta quinta-feira (24), após reunião dos líderes partidários da Câmara Federal, ficou decidido que não será colocado em votação o requerimento que pedia urgência da tramitação do projeto de lei que visa anistiar os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023. A decisão foi comunicada pelo presidente da Câmara, o deputado Hugo Mota (Republicanos da Paraíba). Só dois partidos – o PL de Bolsonaro e o Partido Novo – mantiveram o pedido de urgência.

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Apesar disso, o requerimento de urgência foi assinado por 264 deputados federais de diversos partidos, mas que integram o bloco bolsonarista no Congresso Nacional. Entre eles estão nove dos 25 deputados pernambucanos: Mendonça Filho (União Brasil), Clarissa Tércio (PP), Eduardo da Fonte (PP), Lula da Fonte (PP), Coronel Meira (PL), Pastor Eurico (PL), André Ferreira (PL), Fernando Rodolfo (PL) e Bispo Ossésio Silva (Republicanos).

Eles se colocaram à direita de nomes como Luciano Bivar e Fernando Coelho Filho (ambos do União Brasil), que não assinaram o pedido. Do total de parlamentares que assinaram o requerimento de urgência, estão 70% dos deputados da região Sul, 70% dos representantes da região Centro-Oeste, 57% dos deputados do Norte e 52,5% dos representantes do Sudeste. A região Nordeste foi a única em que a maioria se negou a assinar o pedido: 33% assinaram. O índice de Pernambuco foi de 36%.

Os atos criminosos que esses parlamentares buscam anistiar dizem respeito à tentativa de golpe de estado preparada entre o fim de 2022 e as primeiras semanas de 2023, tendo como pontos críticos o ato do 8 de janeiro, que reuniu milhares de manifestantes em Brasília (DF), que depredaram os prédios dos três poderes da República.

Antes, os manifestantes bolsonaristas já haviam promovido um quebra-quebra na capital federal no dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula da Silva (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dias depois, uma bomba foi colocada no aeroporto de Brasília (DF).

Segundo investigações da Polícia Federal, o objetivo era provocar um caos que levasse o presidente Lula a pedir às Forças Armadas uma intervenção de garantia da lei e da ordem (GLO), colocando os militares no poder e abrindo caminho para a derrubada do próprio Lula.

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Publicação de: Brasil de Fato – Blog

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