Lula é visto como candidato em 2026, diz Datafolha

71% dos brasileiros acreditam que Lula vai disputar a reeleição em 2026; Alckmin cresce como plano B

A nova pesquisa Datafolha ajuda a cravar o que já se ensaia nos bastidores do poder: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será candidato à reeleição em 2026. Segundo o levantamento divulgado neste fim de semana, 71% dos eleitores acreditam que o petista disputará seu quarto mandato, mesmo que 54% avaliem que ele deveria desistir da empreitada.

O dado confirma a percepção de que o presidente voltou a assumir a persona de campanha. Com a popularidade estagnada e a oposição em modo reativo, Lula intensificou o discurso político e sinalizou que sua saúde será o único impeditivo real à candidatura.

O plano B tem nome: Geraldo Alckmin

Enquanto Fernando Haddad enfrentou turbulências com o Congresso e a crise do IOF, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aproveitou o embate diplomático com os Estados Unidos para crescer no eleitorado lulista.

O Datafolha mostra que Alckmin saltou de 18% para 26% como opção de candidatura apoiada por Lula, encostando em Haddad, que caiu de 37% para 29%.

Na prática, o vice saiu mais fortalecido do embate com Donald Trump do que o próprio presidente. Como ministro do Desenvolvimento e interlocutor comercial, Alckmin teve boa cobertura midiática ao tentar mitigar o tarifaço imposto pelos EUA, mesmo sem impedir a medida. O gesto lhe rendeu crédito público e, talvez, político.

Haddad perde terreno e enfrenta desgaste

Titular da Fazenda e um dos favoritos do núcleo duro do PT, Fernando Haddad viu sua imagem ser corroída por dificuldades práticas na gestão econômica e por embates com a base aliada. A crise do IOF, que atingiu a classe média e setores do comércio, serviu de combustível para sua queda nas preferências do eleitorado.

Ainda assim, Haddad segue entre os nomes mais citados como possível sucessor de Lula. A disputa interna entre ele e Alckmin, no entanto, ganhou novos contornos com o Datafolha.

Mais distantes estão Simone Tebet (13%), Rui Costa (5%) e Gleisi Hoffmann (3%), todos citados como opções secundárias dentro da base governista.

E Bolsonaro? Mesmo inelegível, 30% ainda apostam na candidatura

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua presente na cabeça de parte significativa do eleitorado, mesmo estando inelegível até 2030 por decisão do TSE. 30% dizem que ele deve manter a candidatura, o que pode ocorrer até a impugnação oficial no registro em agosto de 2026.

Por outro lado, 67% acham que Bolsonaro deveria indicar outro nome desde já. E é aí que o cenário se fragmenta:

  • Michelle Bolsonaro lidera com 23% das citações como herdeira do espólio político bolsonarista.
  • Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, vem logo atrás com 21%, defendendo uma imagem técnica, mas alinhada.
  • Ratinho Júnior (PSD-PR) aparece com 10%, tecnicamente empatado com Eduardo (11%) e Flávio Bolsonaro (9%).
  • Ronaldo Caiado (6%) e Romeu Zema (5%) completam o pelotão de nomes da direita liberal.

2026 polarizado

O Datafolha confirma que o Brasil caminha para uma nova polarização em 2026, com Lula reposicionado como candidato natural à reeleição, enquanto a direita busca seu substituto para Bolsonaro. O tabuleiro está montado. Alckmin emerge como a principal alternativa no campo progressista, caso Lula decida sair de cena, e Tarcísio tenta consolidar-se como o plano B da extrema-direita. O centro, como sempre, corre atrás.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 130 municípios, entre os dias 29 e 30 de julho. Margem de erro de 2 pontos percentuais.

E você, acha que Lula deve disputar mais uma vez? Comente, compartilhe e acompanhe no Blog do Esmael.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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