Líder do Bloco Temático da Madeira, deputado Artagão Júnior (PSD), participa de reunião sobre setor florestal, em Porto Alegre

O debate girou em torno do estímulo às florestas plantadas, da preservação ambiental, do PL 364/2019 e dos impactos do “tarifaço” dos Estados Unidos.
Créditos: Divulgação/Assessoria Parlamentar

Como líder do Bloco Temático da Madeira na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Artagão Júnior (PSD) participou, na última quarta-feira (3), em Porto Alegre, da reunião da Frente Parlamentar da Silvicultura, realizada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no Parque Assis Brasil.

O encontro foi conduzido pelo deputado estadual do Rio Grande do Sul, Carlos Buirigo, presidente da Frente Parlamentar da Silvicultura da Assembleia gaúcha, e contou com a participação do deputado estadual de Santa Catarina, José Milton Scheffer, presidente da Frente Parlamentar da Silvicultura da Alesc. Lideranças políticas, empresariais e representantes do setor de base florestal dos três estados do Sul também estiveram presentes.

O debate girou em torno do estímulo às florestas plantadas, da preservação ambiental, do PL 364/2019 e dos impactos do “tarifaço” dos Estados Unidos, que elevou para 50% as tarifas sobre a madeira brasileira, pressão que atinge principalmente a região Sul, responsável por cerca de 90% das exportações do setor.

Em sua intervenção, Artagão Júnior defendeu a mobilização pela modernização da legislação ambiental e pela valorização da cadeia florestal, ressaltando o potencial de repercussão nacional junto a governos estaduais e ao governo federal. Ele destacou que, no Paraná, em conjunto com a APRE, trabalha para atualizar a lei estadual.

Como exemplo, citou a resolução que classificava o pinus como espécie invasora, medida que poderia inviabilizar a atividade no estado, e que foi suspensa após forte mobilização. Ele também rebateu narrativas que associam o setor ao desmatamento: “Para cada árvore plantada, duas são preservadas. O setor gera emprego, renda e conserva áreas ambientais”, afirmou.

Sobre o mercado externo, Artagão alertou para os efeitos do tarifaço: atualmente, 98% das molduras, 96% das portas de madeira e 34% dos compensados produzidos no Paraná têm o mercado norte-americano como destino. “Imbituva já sente o fechamento de empresas e demissões, e 67% dos municípios paranaenses podem ser afetados. Por isso, defendo o trabalho conjunto dos três estados para mitigar perdas e buscar soluções”, afirmou.

O deputado apresentou ainda uma proposta para a preservação da araucária. “A ideia é permitir o corte de árvores plantadas mediante registro e autorizar a remoção em áreas urbanas ou produtivas desde que haja o plantio de cinco novas mudas, com comprovação de pagamento após dois anos. Desta forma, conseguimos preservar sem travar a atividade rural”, ponderou.

Por fim, reforçou a necessidade de segurança jurídica, citando a Lei da Mata Atlântica, e destacou a união de parlamentares, entidades e sociedade para garantir estabilidade econômica, ambiental e política ao setor.

Ao término da reunião, foi elaborado um documento de encaminhamentos que será entregue ao vice-presidente Geraldo Alckmin.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

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