EUA propõem divisão do Google para combater monopólio nas buscas

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em conjunto com diversos estados, solicitou a um tribunal federal que o Google seja obrigado a vender o Chrome, seu navegador amplamente utilizado. Essa medida visa enfrentar o monopólio que a empresa detém no mercado de buscas online, conforme decisão do juiz Amit P. Mehta em agosto, que concluiu que o Google mantinha ilegalmente essa posição dominante.

Além da venda do Chrome, o governo propôs que o Google escolha entre vender o Android, seu sistema operacional para smartphones, ou cessar a imposição de seus serviços em dispositivos que utilizam o Android. Caso o Google não cumpra essas condições ou se as medidas não resultarem em maior concorrência, o governo poderá exigir a venda do Android posteriormente.

Outra proposta significativa é impedir que o Google firme acordos pagos com empresas como a Apple para ser o mecanismo de busca padrão em smartphones e navegadores. O governo também sugere que o Google permita que mecanismos de busca concorrentes exibam seus resultados e acessem seus dados por uma década.

Essas propostas representam as ações mais drásticas em um caso antitruste no setor de tecnologia desde que o Departamento de Justiça tentou dividir a Microsoft em 2000. Se implementadas, essas medidas poderão influenciar outros processos antitruste contra gigantes da tecnologia, como Apple, Amazon e Meta.

A venda do Chrome e do Android seria um dos piores cenários para o Google. Lançado em 2008 e de uso gratuito, o Chrome é o navegador mais popular do mundo, com cerca de 67% do mercado global, segundo a Statcounter. O mecanismo de busca do Google está integrado ao Chrome, fortalecendo sua posição dominante no mercado de buscas online.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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