Eduardo Bolsonaro é indicado líder da minoria em ofensiva bolsonarista

O PL indicou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para assumir a liderança da minoria na Câmara dos Deputados.

A manobra faz parte de uma ofensiva bolsonarista que combina três frentes: salvar o mandato do filho do ex-presidente, empurrar a PEC da Blindagem e aprovar a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.

Eduardo, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, corre risco de cassação por excesso de faltas após o fim de sua licença em 20 de julho.

A renúncia da deputada Caroline de Toni (PL-SC) abriu caminho para a substituição.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), sustenta que, por um ato da Mesa Diretora de 2015, líderes têm ausências abonadas.

A Mesa da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda precisa referendar a indicação.

O movimento coincide com a articulação da PEC da Blindagem, que pretende ampliar prerrogativas de parlamentares, dificultando investigações e punições.

Em paralelo, Eduardo Bolsonaro usa a liderança para reforçar a pressão pela anistia ampla, que inclui seu pai, Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses por liderar a tentativa de golpe.

Oposição e setores democráticos reagiram de imediato.

PT e PSOL anunciaram que vão acionar o Supremo Tribunal Federal e a própria Câmara para contestar a nomeação de Eduardo.

Parlamentares afirmam que a manobra é um “artifício” para burlar a Constituição, que prevê a perda de mandato de quem falta a um terço das sessões ordinárias sem justificativa.

Nos bastidores, a nomeação de Eduardo é tratada como operação de guerra.

Ele já articulou nos EUA com Donald Trump, pedindo sanções ao Brasil e retaliações contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de processos que atingiram a família Bolsonaro.

Agora, o PL busca garantir que suas ausências não sejam computadas, enquanto o Conselho de Ética mantém processos que podem levar à cassação.

A tentativa de “fazer barba, cabelo e bigode” escancara o objetivo central do bolsonarismo: driblar as regras estabelecidas para preservar seus quadros e manter poder de pressão no Congresso.

Blindagem e anistia não são apenas projetos legislativos, mas estratégias para normalizar o golpismo, afirmam os governistas.

A democracia exige vigilância e reação firme contra atalhos que favoreçam quem já atentou contra ela, sustenta o Palácio do Planalto.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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