Covid: 500 bancários de SP têm diagnóstico confirmado; mais de 250, do Banco do Brasil, que desrespeita protocolos
Sindicato registra 500 casos de Covid entre os bancários somente nesta semana
Em função do agravamento da situação, reunião com os bancos foi marcada para terça (18)
Por Cecília Negrão, Spbancários
Já há o registro de 500 bancários confirmados com Covid-19, somente na base do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (Spbancários), na última semana.
Muitas agências estão sendo fechadas.
O Sindicato atua para que os protocolos de segurança sejam respeitados.
Eles incluem a sanitização da agência, afastamento de bancários com suspeita de contaminação e testagem dos funcionários próximos.
Eem função do agravamento da situação, o Comando Nacional dos Bancários pediu antecipação da mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e uma reunião foi marcada para o dia 18/01, às 14h.
BANCO DO BRASIL
Nesta quinta-feira (13), o Sindicato realizou protestos em duas agências do Banco do Brasil, na região da Avenida Paulista, contra descumprimentos e alteração unilateral do protocolo Covid-19 por parte do banco.
O banco mudou unilateralmente os protocolos de segurança do manual para o trabalho presencial, o que gerou um aumento dos casos da doença.
Nas últimas duas semanas, chegaram ao Sindicato denúncias de descumprimentos dos protocolos que resultaram em mais de 250 funcionários do BB contaminados pelo SARS-COV2 na cidade de São Paulo, onde aproximadamente um terço desse número (80) pertence às dependências do Cenesp (Centro Empresarial São Paulo).
“O Banco do Brasil simplesmente ignorou compromisso com o movimento sindical e chancelado em acordo junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), no âmbito federal. Uma das alterações mais graves no protocolo foi a exclusão do trecho que orientava a encerrar o expediente das suas unidades e dispensar os funcionários, para fins de higienização, quando um trabalhador positivado para Covid-19 estivesse na dependência nas últimas 72 horas”, destaca Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
“Ou seja, a direção do banco passou a permitir que o local de trabalho funcione mesmo quando o funcionário contaminado já teve contato com os colegas, aumentando a possibilidade de transmissão do coronavírus, ao invés de dispensar os trabalhadores e realizar a devida higienização. Além disso, também recebemos denúncias de mau uso de máscaras nas unidades do BB”, acrescenta.
A mudança do protocolo feita pela direção do BB ocorre no pior momento da pandemia.
Com a chegada da nova variante do coronavírus, a ômicron, mais transmissível que as anteriores, houve uma explosão no número de novos casos.
Dados preliminares de pesquisa feita pelo Sindicato mostram que 88% dos bancários que participaram do levantamento apontam casos de Covid-19 ou Influenza no local de trabalho nos últimos 30 dias.
Outro indicador do avanço da pandemia no próprio BB é a espera para atendimento via telemedicina na Casssi, que chega até 17 horas.
DENUNCIE
Qualquer desrespeito ao protocolo, ou pressão para retornar ao trabalho mesmo sem o teste negativo para Covid-19, deve ser denunciado ao Sindicato (veja como abaixo).
Além disso, caso o bancário identifique casos suspeitos de Covid-19 ou de Influenza no local de trabalho, ou ele mesmo esteja com suspeita ou confirmação de contaminação, também deve informar ao Sindicato (preencha o formulário).
Desta forma, a entidade pode atuar junto ao banco para garantir que todos os protocolos de prevenção sejam devidamente respeitados, mensurar a situação da pandemia e do surto de gripe na categoria, e cobrar as providências cabíveis do setor público. O sigilo é garantido.
“
Publicação de: Viomundo