Servidores técnico-administrativos da UnB rejeitam proposta do governo e continuam em greve
Servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) decidiram em Assembleia, na manhã desta terça-feira (23), não aceitar a proposta do Governo Federal apresentada em 19 de abril.
A nova proposta do governo prevê a concessão de um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. A proposição também aponta reajuste nos auxílios alimentação e creche, saindo de R$ 658,00 para R$ 1.000,00 e de e R$ 321,00 para R$ 484,90, respectivamente. No auxílio-saúde a proposta é um aumento de 51,1% nos recursos destinados à saúde suplementar. A proposta foi apresentada em reunião da Mesa Específica de Negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O governo também apresentou uma proposta de reestruturação nas carreiras dos servidores técnico-administrativos. Uma das propostas é a simplificação da estrutura da carreira, “que manterá as 5 categorias, mas passa a contar com uma única linha vertical de progressão, permitindo que todos alcancem o topo de suas carreiras em 19 anos”.
Para o movimento, a proposta do governo é considerada insuficiente para “alterar de fato a atual realidade da categoria que amarga um dos piores salários e carreira do funcionalismo público”, o que segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) “impacta no bom desempenho e manutenção” de trabalhadoras e trabalhadores nas universidades.
De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), técnico-administrativos de 66 universidades, 2 institutos federais e 1 Cefet aderiram à greve que iniciou em 12 de março.
“O avanço do governo passando de 9% em 3 anos para 12,8% no mesmo período, além de insuficiente, nos coloca abaixo do oferecido a outras categorias do executivo federal, tanto nos percentuais de reajuste, quanto em relação ao montante investido do orçamento. É, portanto, contraditório ao anunciado pelo próprio governo, que investiria na redução das desigualdades de remuneração no serviço público brasileiro”, destaca informe da Federação nesta terça-feira (23).
Greve por tempo indeterminado
Na Assembeia, a categoria aprovou a manutenção da greve por tempo indeterminado “com ampliação da adesão à paralisação, bem como ampliação das atividades e unidade com docentes e estudantes”, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).
Na quarta-feira (24), a partir das 9 horas, a categoria realiza um ato em frente ao Ministério da Educação. “A Educação precisa de investimento, os(as) servidores(as) técnicos(as), docentes e estudantes precisam de recursos para melhores salários, carreira, assistência, bem como investimento em infraestrutura, condições de trabalho”, diz convocatória do Sintfub.
Docentes da UnB
Já a categoria docente da UnB está em greve desde o dia 15 de abril. Nesta quarta-feira (24), às 14h, professores da universidade devem decidir em Assembleia Geral sobre a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo, que é a mesma apresentada aos técnico-administrativos. A Assembleia será realizada na sede do sindicato, na Casa do Professor, no Campus Darcy Ribeiro.
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Publicação de: Brasil de Fato – Blog
