Rosa Weber isolará ministros bolsonaristas no STF
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
A posse de Rosa Weber como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) faz com que uma importante ponte entre o governo Bolsonaro e o comando da Corte fique fragilizada. Os principais interlocutores do presidente no STF, os ministros Kássio Nunes Marques e André Mendonça, que têm excelente relação com Luiz Fux, não possuem a mesma abertura com Rosa Weber, que o sucedeu.
A avaliação entre integrantes do tribunal é que a troca do comando acontece em um momento decisivo para o Palácio do Planalto, por ser reta final da eleição.
A leitura feita à coluna por magistrados é que, com Rosa Weber, o governo Bolsonaro perde interlocução com a presidência do Poder Judiciário, que concentra em suas mãos o decisão de agendas prioritárias. É a presidência do STF que define as pautas da Corte, entre estas assuntos caros ao governo tanto no campo de gastos públicos como da campanha eleitoral em si.
A mudança não quer dizer, no entanto, que a oposição terá acesso fácil a Rosa Weber, já que as características mais marcantes da ministra são a discrição, a aversão aos holofotes e menor afeição a articulações de bastidores.
Como informou a coluna, no fim de seu mandato, Fux se aproximou de Bolsonaro. O presidente chegou a dizer a pessoas próximas que saiu de um bate-papo com o ministro tendo a “nítida impressão” de que, assim como ele, Fux não gostaria de ver o PT retornar ao poder. Procurado pela coluna na ocasião, Fux disse que “é um magistrado e que não pode ter lado e nem ideologia política”.
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