Pedro dos Anjos: Em frente à Hebraica, o povo palestino tem a honra resgatada. Indígenas e quilombolas também; vídeos

Por Pedro dos Anjos, exclusivo para o Viomundo

Neste 13 de maio, nem a aristocrática Lei Áurea ou tampouco a fundação colonial do Estado de Israel foi celebrada.

Ao menos do lado de fora da Hebraica carioca.

Lá dentro do clube, não se sabe se o que era para ser uma festa de arromba flopou.

Era evento com transporte gratuito para os convidados, bandas escolares judaicas, dança israelense, comida típica.

E – pasmem! – homenagem à soldadesca israelense envolvida em uma chacina militar.

Já são mais de 35 mil civis mortos, quase 14.000 crianças e 9.500 mulheres, segundo a UNICEF!

Mas, alinhado com Netanyahu, o governo Biden nega peremptoriamente que esteja em curso um genocídio!

“Estado de Israel, estado assassino. E viva a luta do povo palestino”, “Cessar fogo já” e “Vergonha” foram os gritos mais repetidos pelos manifestantes, chamados ao ato por coletivos tais como o AJPP (Árabes e Judeus Pela Paz).

Na frente do clube, um ostensivo aparato policial militar inteiramente desproporcional.

Contrastava com a natureza pacífica, porém aguerrida dos manifestantes que demostraram muita coesão.

E seja dito, a polícia desta vez teve um comportamento cidadão exemplar, não tendo atacado a manifestação.

Isso não se pode dizer de provocadores, organizados ou não, que volta e meia hostilizaram e tentaram intimidar os manifestantes, produzindo até lances insólitos.

Dois provocadores chegaram a iniciar uma briga física entre eles, porque um achava que devia apenas xingar os manifestantes, o outro agredi-los fisicamente.

Mais adiante, um provocador despontou na calçada do clube.

E, de repente, botou a mão na genitália sacudindo-a com gosto.

Por isso, foi ovacionado pelos manifestantes do ato antissionista com o repetido grito “brocha, brochável…”

Fica o registro: foi lembrado que, em 2017, a Hebraica carioca acolhera calorosamente o agora inelegível.

A inesquecível ocasião, quando o inominável achincalhou quilombolas e indígenas sendo intensamente aplaudido, foi assim homenageada:

“Hebraica fascista, Bolsonaro na prisão…”

Ontem, os manifestantes rechaçaram a pecha em colar neles o ignominioso antissemitismo.

O ato concluiu demandando que o governo brasileiro seja mais determinado no plano internacional e rompa as relações diplomáticas com o Estado genocida de Israel.

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Publicação de: Viomundo

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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