Exclusivo: Alexandre Curi abre o jogo sobre 2026; assista à íntegra da entrevista ao Blog do Esmael

Uma entrevista que revela o projeto de poder do PSD no Paraná e do presidente da ALEP

Em entrevista exclusiva ao Blog do Esmael, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi (PSD), detalhou nesta segunda-feira (9) os pilares de sua gestão na Casa, revelou os bastidores da vitória de Eduardo Pimentel (PSD) em Curitiba e deu pistas contundentes sobre os rumos que pretende seguir nas eleições de 2026. [Abaixo, você assiste a íntegra da entrevista.]

Curi falou como quem conhece profundamente os corredores do poder, mas também como quem sabe que o tempo da política mudou. Em tom firme e pausado, defendeu um Legislativo mais próximo da população, elogiou as iniciativas de escuta pública da ALEP e reconheceu que a disputa pelo Palácio Iguaçu já está em curso — dentro e fora de seu partido.

Além de Alexandre Curi, o Blog do Esmael já entrevistou os pré-candidatos Requião Filho (sem partido) e Beto Richa (PSDB), que também despontaram na última pesquisa da Paraná Pesquisas na corrida pelo Palácio Iguaçu.

ALEP descentralizada, enxuta e com escuta ativa

Ao longo da conversa, ficou evidente que descentralização e modernização são as marcas que Alexandre Curi quer imprimir à Assembleia. O projeto ALEP Itinerante, que percorre os municípios do interior, e o programa ALEP nos Bairros, que escuta as demandas da periferia curitibana, foram apresentados como instrumentos permanentes de transformação institucional.

“Levar a Assembleia até o povo é mais que simbólico — é estrutural. Mudamos a forma como as pessoas veem o Legislativo”, declarou.

Curi também reafirmou a política de economia e repasse de recursos ao governo estadual. Segundo ele, a ALEP continuará devolvendo bilhões ao caixa do Estado, sem abrir mão de investimentos internos e valorização dos servidores.

Protagonismo na eleição de Pimentel em Curitiba

Na capital, Alexandre Curi teve papel decisivo na articulação da vitória de Eduardo Pimentel (PSD) em 2024. Nos bastidores, ele foi o responsável por unificar forças do centro político e pacificar alianças que pareciam improváveis no primeiro turno.

“Conversamos com todos os lados. Foi uma construção política legítima e necessária”, disse ao Blog.

Curi também elogiou os primeiros meses da nova gestão municipal. Disse que Pimentel tem entregado o que prometeu e que a cidade vive uma fase de reconstrução técnica e institucional.

Eu tenho dado nota dez para o Eduardo, acho que ele está muito presente nos bairros, todos os finais de semana, indo aos bairros, conversando. Nós estamos muito satisfeitos com a condução do Eduardo Pimentel à frente da Prefeitura de Curitiba“, declarou o presidente da ALEP.

2026: governo, Senado ou bastidores?

Com a sucessão estadual em pauta, Curi admitiu que seu nome está colocado para o governo do Paraná, mas não descarta a possibilidade de concorrer ao Senado. Ele também deixou claro que o PSD ainda avalia os cenários possíveis — inclusive uma eventual aliança com Sergio Moro, se o senador decidir disputar o Palácio Iguaçu.

“Quero deixar claro que o PSD não está fechado ao diálogo com outras lideranças, inclusive com o senador Sergio Moro, que não faz oposição ao governo do Estado — apenas ao governo federal. O governador Ratinho Júnior já manifestou o desejo de apoiar um nome do PSD, mas entende, como todos nós, que ainda é cedo para bater o martelo.”

Apesar dos rumores sobre uma possível migração partidária, o deputado garantiu que permanece no PSD. “Minha casa é o PSD, e é por ela que quero disputar”, reforçou.

Herança política, centro ideológico e futuro institucional

Neto de Aníbal Khury, o presidente da ALEP afirmou que carrega o legado do avô com orgulho. “Era um mestre da política. Me ensinou que o bom político constrói pontes, não muros”, recordou.

Questionado sobre seu espectro ideológico, Curi se declarou “conservador” — posição que, segundo ele, permite dialogar com todos os campos e resolver problemas com pragmatismo.

Ele ainda garantiu que, caso dispute uma vaga majoritária, nenhum parente dele irá concorrer à Câmara ou à Assembleia.

“De forma alguma. Sou o único da família Curi que participa da política. Meus irmãos são empresários, meu pai nunca quis se envolver e meus primos também não têm qualquer interesse. Não há nenhuma possibilidade de outro membro da minha família disputar eleição, seja para deputado estadual, seja para deputado federal”, afirmou.

“Se eu disputar uma vaga majoritária em 2026, estarei apoiando os deputados que estiverem ao meu lado, mas posso afirmar com absoluta certeza: nenhum parente meu será candidato”, cravou.

Ele tem vontade pela majoritária

A entrevista com Alexandre Curi revela um político em transição estratégica — de articulador discreto nos bastidores a nome viável para liderar um projeto de poder no Paraná. Com serenidade no tom e ambição no conteúdo, ele pavimentou seu caminho para 2026 sem precisar anunciá-lo de forma explícita.

Curi não fez promessas, mas construiu sinais. Apontou para um projeto de continuidade institucional, defendeu sua experiência e reafirmou vínculos partidários. Mais do que lançar candidatura, lançou uma ideia de governabilidade.

Deixou claro que quer liderar. Seja no governo, no Senado ou como força de coesão política nos bastidores, Alexandre Curi saiu da entrevista com um posicionamento cristalino: está no jogo da sucessão, com vontade, preparo e margem de escolha.

Assista à íntegra da entrevista:

Alexandre Curi fala tudo sobre 2026, bastidores da ALEP e a disputa pelo governo do Paraná. Assista à íntegra da entrevista exclusiva no Blog do Esmael.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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