Cristina Kirchner sobre Milei: “Esse idiota está contente porque Trump ganhou”

A ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner não poupou palavras ao se referir ao atual mandatário argentino Javier Milei. Durante um ato em Lomas de Zamora, cujas imagens foram compartilhadas nas redes sociais, Cristina expressou sua preocupação com os rumos que o país pode tomar sob a nova administração.

“Esse idiota está contente porque Trump ganhou. Que aprenda com Trump! Ele é nacionalista, quer que os trabalhadores industriais americanos tenham bons salários”, disparou Cristina, fazendo referência à admiração de Milei pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A ex-mandatária destacou a contradição nas posições de Milei, apontando que, enquanto Trump adota políticas protecionistas para fortalecer a indústria nacional e melhorar os salários dos trabalhadores, Milei defende uma abertura econômica indiscriminada. Segundo Cristina, esse modelo pode levar à “redução da Argentina a uma simples colônia exportadora de matérias-primas”.

Cristina também alertou sobre as intenções de Milei em relação ao Estado argentino. “Querem destruir o Estado argentino”, afirmou, lembrando declarações do próprio Milei que sugerem uma intenção de desmantelar estruturas estatais essenciais. “Não é o país que queremos, nem é o mundo que está por vir”, completou.

Durante sua visita a uma planta de reciclagem em Villa Fiorito, acompanhada da deputada nacional Natalia Zaracho, Cristina refletiu sobre a percepção do peronismo e os desafios enfrentados pela população. “A tarefa é visibilizar o que está acontecendo porque muita gente também pensa que os peronistas são todos ladrões”, comentou. E provocou: “É curioso porque, quando governam os ‘ladrões’, o povo pode comer, o salário é suficiente, os jovens estudam, as pessoas vão de férias. Agora, quando governam os que o Poder Judiciário diz que são ‘honestos’, todo mundo passa fome”.

As declarações de Cristina Fernández de Kirchner lançam luz sobre um debate fundamental na Argentina: o confronto entre modelos econômicos e sociais distintos. De um lado, a defesa de um Estado forte, capaz de promover desenvolvimento e justiça social; do outro, propostas de redução do papel estatal em prol de uma economia mais liberal.

Enquanto isso, a sociedade argentina observa atenta e apreensiva os problemas políticos. As escolhas feitas nos próximos meses serão determinantes para o futuro do país e terão reflexos diretos não apenas internamente, mas também nas relações com países vizinhos, como o Brasil.

Em 26 de outubro de 2025, a Argentina realizará eleições legislativas para renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Essas eleições de meio de mandato serão as primeiras sob a presidência de Javier Milei, eleito em 2023.

A Câmara dos Deputados, composta por 257 membros, terá 127 cadeiras em disputa. No Senado, que conta com 72 senadores, 24 assentos serão renovados. Essas eleições são fundamentais para determinar a composição do Congresso Nacional e influenciar a governabilidade do Executivo.

A participação dos cidadãos é obrigatória para eleitores entre 18 e 70 anos, conforme a legislação eleitoral argentina. A renovação periódica do Legislativo é essencial para a manutenção da democracia e para refletir as mudanças nas preferências políticas da população.

Essas eleições ocorrerão em um contexto de reformas políticas e econômicas propostas pelo governo de Javier Milei, que assumiu a presidência em dezembro de 2023. As políticas implementadas até então e os resultados alcançados serão fatores determinantes no comportamento dos eleitores e na composição do próximo Congresso.

E você, caro leitor, o que pensa sobre os caminhos que a Argentina está trilhando? As críticas de Cristina Kirchner a Javier Milei têm fundamento? Compartilhe sua opinião e enriqueça esse debate que ultrapassa fronteiras e nos convida a refletir sobre os desafios da nossa própria nação.