Com o sucesso do G20, Lula consolida seu papel como líder global | Coluna da Gleisi Hoffmann

O sucesso do G20 realizado no Brasil consolidou o presidente Lula como uma das principais lideranças globais, destacando sua habilidade de diálogo e articulação em um cenário internacional marcado por tensões e divergências. Seu protagonismo foi essencial para a construção de consensos em torno de pautas prioritárias, como o combate à fome e à pobreza, a igualdade de gênero, a justiça climática e a reforma da governança global. Esses temas foram elevados ao status de compromissos centrais no documento final da cúpula, refletindo a importância do Brasil como mediador e articulador no âmbito internacional.

Um dos destaques do evento foi a criação do G20 Social, uma iniciativa inovadora que reafirma o compromisso do governo brasileiro com uma governança global mais inclusiva e justa. Esse novo espaço deu voz a movimentos sociais e à sociedade civil, abordando questões estruturais como desigualdade, fome e mudanças climáticas. A ampla participação desses setores demonstrou a relevância e o impacto da proposta de Lula, consolidando-a como um marco para o futuro das discussões internacionais.

Entre os avanços históricos, a inclusão da igualdade de gênero como prioridade do G20 foi um momento emblemático. O lançamento do Grupo de Trabalho de Empoderamento das Mulheres (EWWG), coordenado pelo Ministério das Mulheres, marcou um passo inédito. Com discussões focadas na autonomia econômica, no enfrentamento à violência e no aumento da representatividade feminina em cargos de liderança, essa iniciativa destacou o papel central do empoderamento feminino como motor indispensável para o progresso social e a construção de sociedades mais inclusivas.

Outro ponto de destaque foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A Aliança Global é uma proposta brasileira que já ganhou a adesão de 81 países e dos mais importantes organismos internacionais, em torno de ações concretas e recursos financeiros para enfrentar o maior desafio da humanidade.

E o documento final do G20, sob a presidência brasileira, aponta para a reforma da ONU no rumo de uma governança global mais democrática e unilateral; reforça a proposta, também brasileira, de taxação global dos super ricos; defende o cessar-fogo em Gaza e reafirma a solução de dois estados, Palestina e Israel; valoriza os esforços diplomáticos para solucionar o conflito entre Rússia e Ucrânia, e reafirma o Protocolo de Kioto como referência para ações coordenadas no enfrentamento da crise climática.

A Cúpula do Rio mostrou que ainda é possível construir consensos, quando há diálogo democrático e respeito pelas diferenças, num momento em que o mundo se vê ameaçado pelo extremismo de direita e pela ganância do sistema financeiro e suas políticas neoliberais.

ALEP 170 anos

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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