A Faria Lima quer arrastar à cloaca o nível das eleições de 2026

A tentativa de transformar a disputa presidencial de 2026 numa guerra subterrânea expõe o esforço da Faria Lima para descer o nível das eleições à cloaca. Os oligarcas do sistema financeiro, em conluio com a velha mídia, operam para favorecer o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), virtual adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro do ano que vem. Uma das táticas consiste em envolver os filhos do presidente em supostos malfeitos, ainda que sem comprovação, enquanto direcionam ataques políticos contra a primeira-dama Janja Lula da Silva.

No Palácio do Planalto, antevendo a cruenta campanha que vem aí, há quem já apelide o governador paulista de “Tarcísio Baixaria”.

Nos bastidores, executivos do mercado financeiro relatam que a Faria Lima entrou em modo ofensivo desde que pesquisas mostram Lula liderando os cenários. A estratégia busca reduzir o debate público a um ambiente tóxico, empurrando denúncias, ilações e narrativas fabricadas para desgastar emocionalmente o presidente e minar sua autoridade política.

A primeira-dama se tornou ponto de inflexão no pensamento desses magnatas. Enquanto setores financeiros e mediáticos tentam desestimular Lula de concorrer, Janja é o motor interno da campanha. Ela incentiva o marido a seguir na disputa por mais um mandato e bloqueia a diabólica engenharia que a Faria Lima gostaria de impor ao Planalto. É por isso que se tornou alvo preferencial da velha mídia, conforme já apurou o Blog do Esmael.

Janja representa o contrário do que desejam os oligarcas: continuidade de um governo que pressiona por juros mais baixos, que questiona o poder dos oligarcas do sistema financeiro e que busca ampliar investimentos sociais. O ataque não é à figura da primeira-dama, mas ao projeto que ela simboliza.

A ofensiva inclui ainda relatos e “vazamentos” seletivos sobre investigações envolvendo familiares do presidente. A CPMI do INSS, convertida em instrumento de especulação política, virou munição para veículos corporativos da velha mídia interessados em induzir a opinião pública à sensação de instabilidade. Esse ambiente favorece Tarcísio de Freitas, o nome mais aguardado pelos oligarcas da Faria Lima.

Nesse cenário, o Poder360 disparou o primeiro tiro. O portal, cuja operação se confunde com interesses financeiros, recebeu aporte da estrutura financeira do Magazine Luiza, via MegaCred, empresa que vende crédito e opera na bolsa. Não é irrelevante lembrar que a linha editorial do site se articula com temas caros aos oligarcas da Faria Lima, enquanto sua cobertura tende a amplificar pressões do sistema financeiro.

A engrenagem que se move contra Lula tenta reproduzir um velho método: criar dúvida sobre a lisura de familiares, plantar suspeitas, inflar investigações e deslocar o foco do debate econômico para o terreno moral. É a tática clássica dos oligarcas quando querem capturar o processo eleitoral sem assumir a disputa política de peito aberto.

Mas há um fator que escapa ao controle dos magnatas. A resiliência do lulismo e a leitura política da primeira-dama neutralizam parte da pressão midiático-financeira. Janja impede que a narrativa do “desgaste inevitável” prospere. Impede que Lula recue. Impede que Tarcísio herde um caminho pavimentado pelos barões do mercado e seus porta-vozes corporativos.

A cada movimento dessa ofensiva, fica evidente o objetivo: rebaixar o nível das eleições para que a elite financeira possa operar sem escrutínio, longe da economia real e das urgências do povo.

Continue acompanhando os bastidores da política e do poder pelo Blog do Esmael.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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