entenda como o Bolsa Família contribui para o desenvolvimento das crianças brasileiras
O Dia Nacional da Infância, celebrado neste domingo (24.08), reforça uma responsabilidade coletiva: garantir que todas as crianças tenham acesso ao que é essencial — proteção, afeto, saúde, educação e dignidade. É nesse compromisso que o Bolsa Família se insere como uma política fundamental. Ao assegurar renda, alimentação adequada e acesso a serviços de saúde e educação, o programa contribui diretamente para o desenvolvimento saudável das crianças, especialmente na primeira infância.
O Bolsa Família contribui, por exemplo, para a redução da pobreza na primeira infância de 81,8% para 1,1%. É o que indica estudo realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad/MDS), que traça um retrato das crianças de 0 a 6 anos em famílias de baixa renda.
Os resultados revelam a vulnerabilidade da primeira infância: em 2013, as crianças dessa faixa etária representavam 12% da população brasileira, mas chegavam a 16% entre os inscritos no CadÚnico. Dez anos depois, em 2023, a proporção caiu para 9% no total da população, mas se manteve em 16% entre as famílias de baixa renda — evidenciando a concentração da pobreza nos lares com crianças pequenas.
O impacto do Bolsa Família é decisivo. Sem o Programa, 81,8% das crianças de 0 a 6 anos estariam em situação de pobreza em 2023. Com ele, apenas 1,1% permanecem nessa condição. Os dados mostram a importância da transferência de renda como principal fonte de proteção social e instrumento de redução da pobreza monetária no Brasil.
O Bolsa Família tem papel fundamental na redução da pobreza e da insegurança alimentar, especialmente entre as crianças de 0 a 6 anos. Sem o Programa, 81,8% delas estariam em situação de pobreza. Graças ao Bolsa, essas crianças hoje contam com segurança alimentar básica, proteção social garantida pelo acompanhamento das condicionalidades e perspectivas reais de inclusão para um futuro melhor”, afirmou a secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino.
Divisor de águas
A diretora de Gestão do SUAS em Belo Horizonte (MG), Juliana Barone, carrega em sua trajetória a prova viva da importância do Bolsa Família na vida de milhões de brasileiros. Filha de ex-beneficiários do programa, ela viu de perto o impacto que o apoio financeiro trouxe para sua família em um momento decisivo. Foi o Bolsa Família que garantiu a comida na mesa, o acesso à saúde e a permanência na escola — pilares que permitiram não apenas a sobrevivência, mas também a construção de um futuro diferente.
Graças a esse suporte, Juliana pôde trilhar um caminho de oportunidades, romper o ciclo da pobreza e alcançar uma vida melhor, sem precisar do benefício na vida adulta. Sua história é a de tantas famílias que, amparadas pelo programa, transformam dificuldades em conquistas e sonhos, em realidade.
Juliana conta que foi a primeira da família a concluir um curso em uma universidade pública, conquista que lhe abriu as portas para alcançar seus objetivos e mudar o destino de sua família. “O acesso ao Bolsa Família foi crucial para nós. Na época, minha mãe precisou deixar o emprego para cuidar das minhas duas irmãs menores, e o programa foi o que garantiu a nossa dignidade”, relembra.
Benefícios com foco na primeira infância
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- Foto: Lyon Santos / MDS
O Benefício Primeira Infância (BPI), parte da cesta de benefícios do Bolsa Família, é destinado a crianças de zero a seis anos e garante um valor adicional de R$ 150 por criança às famílias beneficiárias. A medida reforça a prioridade do Governo Federal em assegurar proteção social ampliada às crianças na fase mais sensível do desenvolvimento humano. Ao apoiar financeiramente as famílias, o BPI contribui não apenas para a segurança alimentar e o acesso à saúde, mas também para reduzir desigualdades e quebrar o ciclo intergeracional da pobreza.
Além de um valor per capita de R$ 142, o Bolsa Família destina um adicional de R$ 150 pelo Benefício Primeira Infância a cada criança de zero a seis anos na residência beneficiada. Para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos, nutrizes e gestantes, é pago o Benefício Variável Familiar, no valor de R$ 50.
No mês de agosto de 2025, o adicional de R$ 150 do BPI chegou a 8,44 milhões de crianças, o que representa uma transferência de R$ 1,18 bilhão realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Além disso, 633,6 mil gestantes receberam um acréscimo de R$ 50 por meio do Benefício Variável Gestante (BVG), totalizando R$ 29,46 milhões repassados neste mês. Já pelo Benefício Variável Nutriz (BVN), o MDS transferiu R$ 14,46 milhões para 303,05 mil famílias com crianças de até seis meses, também no valor de R$ 50 adicionais por criança.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, investir na primeira infância é investir no futuro do Brasil. “Cada real destinado a essa fase representa um retorno imenso para a sociedade. O governo tem plena consciência disso, e é por isso que investe neste momento decisivo da vida, garantindo que milhões de famílias tenham melhores condições de cuidar de suas crianças, quebrando o ciclo da pobreza e construindo um país mais justo e igualitário”, disse.
Maior proteção social e garantia de direitos
Além da transferência de renda, o Bolsa Família estabelece condicionalidades que fortalecem a saúde e a educação das crianças. Essas condicionalidades são, antes de tudo, compromissos do poder público — assumidos pelos governos federal, estadual e municipal — na oferta dos serviços essenciais.
Cabe às famílias, por sua vez, cumprir responsabilidades como:
– Na saúde: manter a vacinação em dia, acompanhar peso e altura de crianças menores de 7 anos, e realizar o pré-natal no caso das gestantes.
– Na educação: assegurar frequência mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e de 75% para estudantes de 6 a 18 anos que ainda não concluíram a educação básica.
O objetivo das condicionalidades não é punir, mas garantir direitos básicos, fortalecer a proteção das famílias e ampliar suas oportunidades de inclusão social, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros.
Assessoria de Comunicação – MDS
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Publicação de: Blog do Esmael