Bolsonaristas cogitam Malafaia para Presidência após recuo de Tarcísio

Com a desistência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), bolsonaristas começaram a cogitar o pastor Silas Malafaia como candidato à Presidência da República em 2026, segundo postagem do jornalista Fabio Wajngarten nesta quinta-feira (21).

A pré-candidatura também pode ser vista como uma tentativa de blindar Malafaia de um futuro pedido de prisão, haja vista que o pastor entrou no radar da Polícia Federal, que deflagrou ontem (20) uma operação de busca contra o religioso.

Wajngarten lança Malafaia no radar

Ex-ministro da Secretaria de Comunicação de Jair Bolsonaro (PL) e um dos conselheiros mais próximos do clã, Fabio Wajngarten escreveu nas redes: “O @PastorMalafaia já consta nos cenários das pesquisas ou tá cedo?”.

A frase foi interpretada como movimento de inflexão do bolsonarismo diante da ausência de Tarcísio, que confirmou reeleição ao governo paulista.

Entrevista ao Metrópoles e provocação

Wajngarten ainda compartilhou uma entrevista de Malafaia ao portal Metrópoles, em Brasília, seguida de uma provocação: “Ainda podemos falar?”.

O gesto ampliou as especulações sobre o papel político do pastor, que foi alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal em inquérito de coação ligado ao processo do golpe.

Malafaia, PF e o tabuleiro da extrema direita

Embora não tenha sido indiciado, Malafaia aparece em mensagens de Jair Bolsonaro orientando disparos em massa nas redes.

O episódio reforça o peso do pastor no núcleo ideológico da direita evangélica e alimenta a aposta de que seu nome poderia ser testado em pesquisas nacionais.

Para aliados do ex-presidente, o movimento seria uma alternativa para manter a base unida após o desgaste judicial da família Bolsonaro e a saída de cena de Tarcísio.

A pesquisa Quaest, divulgada hoje, revela que o presidente Lula (PT) ampliou sua vantagem e venceria todos no primeiro e segundo turno das eleições 2026.

O impacto eleitoral de 2026

A possível candidatura de Malafaia evidencia o esvaziamento de nomes fortes no campo bolsonarista e sinaliza uma guinada ainda mais religiosa no discurso da extrema direita.

A depender da evolução das investigações, a entrada do pastor no jogo pode transformar 2026 em uma disputa marcada pelo confronto direto entre religião, justiça e política.

Portanto, a cogitação de Malafaia como presidenciável é sintoma da crise de representação no bolsonarismo.

A saída de Tarcísio deixou um vazio que o clã Bolsonaro tenta preencher com figuras de forte apelo simbólico, ainda que carregadas de inquéritos.

Se a aposta se consolidar, 2026 terá no pastor um personagem capaz de radicalizar ainda mais o debate público.

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Reprodução X

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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