Valter Pomar: O bumerangue de Celso Amorim
Venezuela: o bumerangue de Celso Amorim
Brasil e Colômbia divulgaram nova nota sobre a situação na Venezuela. A nota diz, entre outras coisas, o seguinte:
“Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro”.
A íntegra da nota pode ser lida aqui.
O companheiro Celso Amorim foi além e disse que uma eventual detenção de González “seria uma prisão política, e nós [Brasil] não aceitamos prisões políticas”.
As declarações de Celso estão aqui.
Além da discussão sobre a situação da Venezuela e, também, sobre a conveniência de um alto funcionário público brasileiro opinar desta forma sobre legítimas decisões judiciais adotadas em outro país, a declaração do companheiro Amorim merece ser analisada a partir de outro ângulo.
A saber: se um desrespeito à lei não pode ser punido, sob pena de caracterizar uma supostamente inaceitável “prisão política”, como ficam os culpados pela intentona de 8 de janeiro?
A depender da resposta, certas críticas contra a justiça venezuelana podem percorrer trajetória parecida com a de um bumerangue.
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*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.
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Publicação de: Viomundo