URGENTE: Cidadania rompe com PSDB e desmonta federação tucana

- Fim da federação PSDB-Cidadania: o que isso significa?
- O Cidadania bate o martelo e decide abandonar a federação com o PSDB
O Cidadania anunciou neste domingo (16) que decidiu romper oficialmente a federação partidária com o PSDB, acordo firmado em maio de 2022. A decisão foi tomada após uma votação do diretório nacional do partido, realizada em Brasília, e marca mais um capítulo na fragmentação das alianças políticas no Brasil.
Antes da deliberação final, a executiva nacional do Cidadania já havia aprovado a saída da federação em fevereiro deste ano, o que já indicava que o fim da parceria era questão de tempo. Agora, com a decisão consolidada, o partido inicia um novo ciclo em busca de alianças mais alinhadas aos seus interesses políticos.
A federação entre PSDB e Cidadania nasceu como uma tentativa de fortalecer ambas as siglas frente à cláusula de barreira, que limita o acesso a recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda eleitoral para partidos com baixa votação. No entanto, desde o início, a aliança enfrentou resistências internas.
Motivos que levaram à ruptura:
- Falta de autonomia: Dirigentes do Cidadania reclamavam que o partido ficou “asfixiado” pelo PSDB, sem espaço para decisões estratégicas.
- Eleições municipais conturbadas: Divergências sobre candidaturas e alianças eleitorais em várias cidades geraram desgaste entre os partidos.
- Desalinhamento ideológico: Setores do Cidadania apontavam falta de sintonia com o PSDB em questões programáticas e estratégicas.
Apesar do anúncio, o rompimento não será imediato. A legislação eleitoral exige que as federações partidárias permaneçam unidas por pelo menos quatro anos. Isso significa que o Cidadania seguirá vinculado ao PSDB até 2026.
Contudo, a decisão já terá impactos diretos:
- Impedimento para novas federações: O Cidadania fica impossibilitado de se unir a outro partido em uma nova federação até a data final.
- Risco de perda de recursos: Com a saída oficial, o partido pode perder acesso a parte dos recursos do fundo partidário.
- Impacto nas eleições de 2026: Sem a federação, o Cidadania precisará traçar uma nova estratégia para sobreviver politicamente.
Bastidores da decisão: como ficam os tucanos?
Com a saída do Cidadania, o PSDB perde uma parte importante da estrutura política que ajudava a garantir sua sobrevivência no Congresso. A federação havia sido formada justamente para evitar um revés na cláusula de barreira, e agora os tucanos precisarão recalcular sua estratégia.
O PSDB, que já vinha enfrentando dificuldades nos últimos anos, agora se vê ainda mais fragilizado. Em 2022, o partido perdeu protagonismo nacional e viu seu número de deputados federais encolher. Sem o Cidadania, a sigla precisará encontrar novas alianças para se manter relevante.
Federações partidárias no Brasil: quem ainda está junto?
Atualmente, restam apenas três federações partidárias ativas no Brasil:
- Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV)
- Federação PSOL-Rede
- Federação PSDB-Cidadania (em fase de dissolução)
A diferença entre federação e coligação está na durabilidade: enquanto as coligações são uniões temporárias para uma eleição específica, as federações devem durar pelo menos quatro anos.
A origem do Cidadania
O Cidadania tem suas raízes no antigo Partido Popular Socialista (PPS), que por sua vez nasceu em 1992 como uma tentativa de modernização do Partido Comunista Brasileiro (PCB). A mudança para Cidadania ocorreu em 2019, como parte de um esforço para ampliar sua base eleitoral e se afastar da identidade comunista histórica, assumindo uma posição mais centrista e focada em democracia, direitos humanos e sustentabilidade. Acabou como satélite da extrema direita e defensor do neoliberalismo econômico. A legenda, apesar da reformulação, sempre teve dificuldades para se firmar como uma força política relevante no cenário nacional.
O que esperar daqui para frente?
Com a ruptura, o Cidadania agora tem um desafio gigante: encontrar um novo caminho político que garanta sua relevância e sobrevivência nas próximas eleições. A sigla precisará costurar novas alianças para não ficar isolada e garantir sua representatividade no Congresso.
Já o PSDB segue em apuros, perdendo mais um parceiro e ficando cada vez mais distante do protagonismo que já teve na política nacional. Com um 2026 imprevisível pela frente, a pergunta que fica é: quem ainda quer ser tucano?
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Publicação de: Blog do Esmael