Sucessão no Paraná: Quatro nomes disputam espaço no tabuleiro político de Ratinho Júnior
A disputa pela sucessão de Ratinho Júnior no Paraná já começou; Alexandre Curi, Darci Piana, Rafael Greca e Guto Silva despontam como os principais nomes para 2026
Nos bastidores do Palácio Iguaçu, a corrida pela sucessão do governador Ratinho Júnior (PSD) já começou. Embora o atual chefe do Executivo paranaense, aos 43 anos, mantenha o foco em seus planos para disputar a Presidência da República em 2026, o xadrez político estadual avança sem freios.
Entre os nomes cotados para sucedê-lo, destacam-se Alexandre Curi, Darci Piana, Rafael Greca e Guto Silva — todos do PSD. A disputa interna promete ser intensa, e cada um dos pré-candidatos carrega vantagens e fragilidades que podem definir o futuro político do Paraná.
Alexandre Curi, 45 anos, desponta como o nome mais competitivo. Com sua iminente posse na presidência da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) em fevereiro, Curi terá o controle da pauta legislativa estadual. Esse poder inclui blindar o governador de possíveis pedidos de CPIs e facilitar o diálogo com setores estratégicos. Além disso, sua capacidade de transitar entre diferentes espectros políticos, especialmente com o centro, reforça sua vantagem competitiva.
O atual vice-governador, Darci Piana, 83 anos, traz consigo o peso da experiência política e uma forte rede de apoio no setor empresarial. Contudo, após perder a esposa recentemente, Piana confidenciou a aliados que não pretende entrar na disputa de 2026. Sua eventual saída abriria caminho para outros nomes crescerem no tabuleiro político.
Rafael Greca, 68 anos, ex-prefeito de Curitiba, também recém-viúvo, viu seu capital político diminuir após a eleição municipal de 2024. No segundo turno, precisou se afastar da campanha de Eduardo Pimentel para evitar desgastes. Apesar de sua trajetória consolidada na capital paranaense, Greca parece ter perdido fôlego para alçar voos mais altos.
Guto Silva, 47 anos, secretário de Planejamento do Paraná, também figura entre os possíveis candidatos. No entanto, sua base eleitoral restrita ao Sudoeste do estado e sua limitada projeção estadual pesam contra suas ambições. Em um cenário de polarização entre direita e extrema direita, sua dificuldade em dialogar com o centro pode ser um obstáculo intransponível.
O cenário político de outubro de 2024 mostrou que o eleitorado do Paraná se divide em três blocos: um terço alinhado à direita, outro à extrema direita e o restante orbitando o campo progressista. Quem melhor conseguir dialogar com o centro terá vantagem na disputa de 2026.
Até lá, Ratinho Júnior observa de longe, consciente de que sua sucessão será um fator determinante para sua própria trajetória rumo ao Palácio do Planalto. Enquanto isso, os quatro pré-candidatos ajustam suas estratégias, cientes de que o jogo já começou e cada movimento será decisivo.
Publicação de: Blog do Esmael