Senado dos EUA aprova corte de benefícios sociais e aumento de verba para controle de imigração e deportações
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (1º) o pacote do presidente Donald Trump, que prevê corte de impostos e benefícios sociais, além do aumento de repasses para controle de imigração. O texto foi batizado pelo governo estadunidense de “Big Beautiful Bill” (Grande e Belo Projeto, em tradução livre). A votação foi vencida por 51 a 50, com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, dando o voto decisivo. Como segundo na linha de poder do país, ele tem o direito de presidir o Senado, com poder de voto em casos de empate – como ocorreu.
O projeto agora vai à Câmara, onde está prevista votação para a próxima quarta-feira (2). Trump pressiona os parlamentares por celeridade e planeja sancionar o projeto até o feriado nacional de 4 de julho.
O texto prevê cortes de impostos prometidos em campanha por Trump, como sobre gorjetas, horas-extra e financiamentos veiculares, bem como torna permanente o corte de impostos realizado ainda em seu primeiro mandato, em 2017, sobre herança e renda individual.
O projeto também prevê aumento no investimento em repressão imigratória, bandeira política de Trump. Cerca de 150 bilhões de dólares (R$ 818 bilhões) podem ser destinados para ações como construção ou aprimoramento de muros e ferramentas de monitoramento da fronteira com o México, expansão de centros de detenção de imigrantes, aumento no efetivo de fiscalizadores imigratórios, como membros do Serviço de Imigração e Controle Alfandegário (ICE, na sigla em inglês), e financiamento de tribunais imigratórios, para agilizar os casos.
O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos avalia que as medidas, se implementadas, podem aumentar em 3,3 trilhões de dólares (R$ 18 trilhões) a dívida do país, que já é de 36,2 trilhões de dólares (R$ 197,6 trilhões). Senadores levantaram preocupações sobre o aumento da dívida do país e o impacto da medida no sistema de saúde, bem como pontuaram que as medidas favorecem ricos ao custo do desmonte de benefícios sociais. Três senadores Republicanos, da base de Trump, votaram contra a aprovação.
Para diminuir gastos, o projeto prevê cortes no Medicaid, programa que facilita o acesso a serviços de saúde por famílias de baixa renda. O texto revoga também os incentivos ao uso de energia limpa concedidos pelo ex-presidente do país, Joe Biden.
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