Reforma ministerial trava sabatinas no Senado e paralisa agências reguladoras
A novela da reforma ministerial do governo do presidente Lula (PT) agora paralisou o Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu segurar as sabatinas de indicados para agências reguladoras até que o Palácio do Planalto defina os novos ministros. O motivo? O Centrão segue barganhando cargos e pode exigir mudanças de última hora.
Entre os afetados, está Wadih Damous, ex-deputado federal e aliado de Lula, indicado para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Sua sabatina, antes marcada para esta quarta-feira, 19 de março, foi adiada para o dia 26.
Damous é o atual secretário Nacional do Consumidor, na Senacon, órgão ligado ao Ministério da Justiça.
Mas ele não é o único na fila. Indicações para Anac, ANP, ANA, Ancine, ANM, ANTT, Anvisa e ANSN também estão congeladas à espera de um aceno do governo.
O que está por trás do adiamento?

O impasse não é só burocrático, mas puramente político. O Centrão segue pressionando por mais espaço na Esplanada dos Ministérios, enquanto Lula tenta equilibrar sua base sem perder aliados estratégicos.
- Davi Alcolumbre joga com o governo, segurando as sabatinas como moeda de troca para futuras negociações.
- O Centrão quer mais ministérios, e pode barganhar apoios no Senado em troca de nomeações mais vantajosas.
- As agências reguladoras ficam em stand-by, atrasando decisões importantes para setores estratégicos como saúde, transporte e telecomunicações.
Quais as consequências da paralisação?
Enquanto o jogo político segue nos bastidores, a demora nas sabatinas tem impacto real:
? ANS: Fica sem comando definido, comprometendo decisões sobre planos de saúde.
? Anac: O setor aéreo segue sem novas diretrizes regulatórias.
? ANP: Questões estratégicas do setor de petróleo e gás ficam sem solução.
? Anvisa: Regulação de medicamentos e produtos sanitários pode sofrer atrasos.
Ou seja, enquanto os políticos negociam cargos, o Brasil segue sem respostas para questões urgentes.
E agora? O que esperar?
A tendência é que a reforma ministerial se arraste por mais algumas semanas, enquanto Lula e o Centrão ajustam as peças do tabuleiro. Até lá, as sabatinas seguem no limbo.
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Publicação de: Blog do Esmael