Reforma ministerial trava sabatinas no Senado e paralisa agências reguladoras

A novela da reforma ministerial do governo do presidente Lula (PT) agora paralisou o Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu segurar as sabatinas de indicados para agências reguladoras até que o Palácio do Planalto defina os novos ministros. O motivo? O Centrão segue barganhando cargos e pode exigir mudanças de última hora.

Entre os afetados, está Wadih Damous, ex-deputado federal e aliado de Lula, indicado para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Sua sabatina, antes marcada para esta quarta-feira, 19 de março, foi adiada para o dia 26.

Damous é o atual secretário Nacional do Consumidor, na Senacon, órgão ligado ao Ministério da Justiça.

Mas ele não é o único na fila. Indicações para Anac, ANP, ANA, Ancine, ANM, ANTT, Anvisa e ANSN também estão congeladas à espera de um aceno do governo.

O que está por trás do adiamento?

Senadores Eduardo Braga e Renan Calheiros são integrantes da CAE (Comissão de Assuntos Econômidos), que realiza as sabatinas.
Senadores Eduardo Braga e Renan Calheiros são integrantes da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), que realiza as sabatinas no Senado.

O impasse não é só burocrático, mas puramente político. O Centrão segue pressionando por mais espaço na Esplanada dos Ministérios, enquanto Lula tenta equilibrar sua base sem perder aliados estratégicos.

  • Davi Alcolumbre joga com o governo, segurando as sabatinas como moeda de troca para futuras negociações.
  • O Centrão quer mais ministérios, e pode barganhar apoios no Senado em troca de nomeações mais vantajosas.
  • As agências reguladoras ficam em stand-by, atrasando decisões importantes para setores estratégicos como saúde, transporte e telecomunicações.

Quais as consequências da paralisação?

Enquanto o jogo político segue nos bastidores, a demora nas sabatinas tem impacto real:

? ANS: Fica sem comando definido, comprometendo decisões sobre planos de saúde.
? Anac: O setor aéreo segue sem novas diretrizes regulatórias.
? ANP: Questões estratégicas do setor de petróleo e gás ficam sem solução.
? Anvisa: Regulação de medicamentos e produtos sanitários pode sofrer atrasos.

Ou seja, enquanto os políticos negociam cargos, o Brasil segue sem respostas para questões urgentes.

E agora? O que esperar?

A tendência é que a reforma ministerial se arraste por mais algumas semanas, enquanto Lula e o Centrão ajustam as peças do tabuleiro. Até lá, as sabatinas seguem no limbo.

Fique ligado no Blog do Esmael para atualizações sobre os bastidores do poder!

O que você acha desse impasse? Comente abaixo!

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *