Pessoas religiosas dizem que igrejas dão “instruções” políticas
Dados da pesquisa do instituto Datafolha divulgados nesta terça-feira pelo jornal “Folha de S. Paulo” apontam que cerca de 20% dos eleitores com alguma religião que frequentam locais de culto dizem receber instruções sobre como votar, recomendações para escolher candidatos religiosos e orientações sobre como agir em relação à política.
Segundo o levantamento, as declarações que visam guiar os eleitores são mais comuns entre evangélicos que católicos, mas a maioria dos entrevistados, próximo a 80% em ambas as religiões, relatam não haver tentativa de interferência política.
A parcela dos eleitores que disseram seguir de forma completa ou parcial as orientações de líderes religiosos também é maior entre evangélicos. De acordo com a mesma pesquisa Datafolha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem vantagem nesse segmento: ele tem 40% das intenções de votos, enquanto o ex-presidente Lula (PT) tem 35%.
Entre os 20% que dizem receber orientações em templos de como votar na eleição, 6% dizem segui-las integralmente (9% entre evangélicos e 6% entre católicos) e 8% dizem obedecer em parte (12% entre evangélicos e 6% entre católicos). Outros 6% dizem ignorar as orientações (7% entre evangélicos e 6% entre católicos).
A tendência de evangélicos ouvirem mais os pastores também é observada nas outras duas perguntas feitas pelo Datafolha. Apesar disso, a parcela de pessoas nesse segmento que diz seguir parcialmente as orientações de pastores é maior que a que diz seguir completamente.
G1
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