Pedro dos Anjos: Bandido bom é bandido solto

Zé Maria

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“Movimentações Suspeitas Envolvendo
os ‘Smurfs’ Fluminenses, Sóstenes e Jordy,
somam R$ 28,6 Milhões”

Deputados do PL são Investigados pela PF

[ Reportagem: Felipe Pontes | Agência Brasil ]

A Polícia Federal (PF) apontou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a existência de R$ 28,638 milhões em movimentações suspeitas, sem justificativa plausível, em contas de assessores dos gabinetes dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), bem como funcionários do partido, entre outras pessoas próximas aos parlamentares.

As informações constam no relatório parcial, cujo sigilo foi levantado nesta manhã pelo ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo, e que embasou a Operação Galho Fraco, deflagrada pela PF nesta sexta-feira (19) tendo os parlamentares entre os alvos. Segundo informações preliminares, R$ 400 mil em dinheiro vivo foram encontrados pelos agentes em um dos endereços de Sóstenes, que é líder do PL na Câmara.

Nesta sexta, os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão autorizados por Dino com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).

As diligências incluíram busca pessoal, veicular e em imóveis de Jordy e Sóstenes.

Segundo as investigações, os dois parlamentares são suspeitos de usar locadoras de veículo de fachada para desviar a cota parlamentar – verba a que cada congressista tem direito para pagar custear o funcionamento de seu gabinetes, incluindo despesas com o aluguel de frota de carros para deslocamento do deputado ou senador.

Nas redes sociais, Jordy disse estar sendo perseguido por Dino e negou qualquer esquema ilegal.

A Agência Brasil busca contato com o deputado Sóstenes Cavalcante ou sua defesa.

“Smurfing”
De acordo com o relatório parcial da PF, além das quantias incompatíveis com a renda declarada, o que chamou atenção dos investigadores foi a realização de saques nunca superiores a R$ 9.999,00, indicando a “possível prática de lavagem de dinheiro conhecida por “smurfing”, que consiste em limitar o valor das transações para tentar burlar o monitoramento dos órgãos competentes.

Os maiores montantes suspeitos foram movimentados por Adailton Oliveira dos Santos, assessor especial do PL.

Pela conta dele passaram mais de R$ 11,4 milhões entre 2023 e 2024, quantia que “mostra-se incompatível com a capacidade econômica declarada do titular, considerando-se seu vínculo funcional e contexto familiar”, escreveram os investigadores da PF.

Já Itamar de Souza Santana, secretário parlamentar de Jordy, movimentou sozinho R$ 5,9 milhões.
Ele também foi alvo de buscas nesta sexta-feira.

Os investigadores da PF afirmaram haver indícios de utilização de cota parlamentar para pagamento de despesas inexistentes ou irregulares.

Além disso, foram anexados trechos de conversas no aplicativo WhatsApp que sugerem pagamento “por fora” por parte dos deputados.

Além das buscas contra os deputados e mais três pessoas, com a respectiva quebra de sigilos telefônicos e telemáticos,

Dino autorizou a quebra de sigilo bancário dos parlamentares e outras 12 pessoas físicas e uma pessoa jurídica.

O ministro mandou ainda que informações de interesse sejam compartilhadas com a Receita Federal.

Edição: Maria Claudia

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-12/movimentacoes-suspeitas-envolvendo-sostenes-e-jordy-somam-r-286-mi

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Zé Maria

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Adivinha quem desviou Dinheiro Público
oriundo de Cotas Parlamentares?
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PF deflagra operação Galho Fraco para
apurar desvio de recursos públicos

Policiais cumprem mandados judiciais
no Distrito Federal e no Rio de Janeiro

Coordenação-Geral de Comunicação Social da PF

Brasília/DF.
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (19/12),
a Operação Galho Fraco, com o objetivo de aprofundar
as investigações de desvio de recursos públicos
oriundos de cotas parlamentares.

Policiais federais cumprem sete mandados de busca
e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal,
no Distrito Federal e no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, agentes políticos [do PL],
servidores comissionados e particulares teriam atuado
de forma coordenada para o desvio e posterior ocultação
de verba pública.

A ação é desdobramento de operação deflagrada
em dezembro de 2024 e apura os crimes de peculato,
lavagem de dinheiro e organização criminosa.

https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2025/12/pf-deflagra-operacao-galho-fraco-para-apurar-desvio-de-recursos-publicos
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Sóstenes diz que R$ 400 mil apreendidos
são de venda de imóvel: o que se sabe sobre
operação da PF contra parlamentares do PL

[ Reportagem; Marina Rossi | BBC News ]

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta sexta-feira (19/12) mandados de busca e apreensão nas casas dos deputados federais do Partido Liberal (PL):
o líder da sigla na Câmara, Sóstenes Cavalcante, e Carlos Jordy, ambos do Rio de Janeiro.

Os mandados foram cumpridos no âmbito da operação Galho Fraco, que apura indícios de desvio de cotas parlamentares para cobrir “despesas inexistentes ou irregulares”, de acordo com decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a operação.

Em um flat que é utilizado por Sóstenes, a PF encontrou cerca de R$ 400 mil em espécie.

O deputado justificou a presença do dinheiro afirmando que se trata de resultado de uma negociação de imóvel na semana passada.
E que não havia depositado o valor ainda por causa da “correria de trabalho”.

“O imóvel me foi pago com dinheiro lícito, está lacrado, tem origem, então não tenho nada a temer”, afirmou, em entrevista coletiva.

O deputado disse também que a investigação não tem “nexo nenhum, nenhum”.

Segundo as investigações, os parlamentares “teriam desviado recursos da cota parlamentar por intermédio dos servidores comissionados” por meio de funcionários comissionados dos gabinetes de Sóstenes e Jordy e uma empresa supostamente de fachada, de aluguel de carro.

As investigações ainda apontam cinco assessores parlamentares Adailton Oliveira Santos, assessor do PL, Florenice de Souza Santana, Itamar de Souza Santana, assessor de Jordy, Rosileide de Souza Santana Rocha, Andrea de Figueiredo Desidrati.

Segundo as investigações, os saques e depósitos eram feitos de maneira fracionada, em pequenos valores, para despistar a fiscalização, técnica conhecida como ‘smurfing’.
Assim, as transações eram sempre realizadas no valor de R$ 9.999,00 [porque transações abaixo
de R$10.000,00 não são fiscalizadas pelo COAF].

Jordy publicou um vídeo em suas redes sociais, chamando a busca e apreensão de “covarde”.

Segundo ele, a alegação de que a empresa de aluguel de carros seria de faxada porque tem somente cinco carros em sua frota é “tosca”.
Jordy classificou a operação como “ditadura do judiciário” e “perseguição”, afirmando que irão “vencer essa batalha no ano que vem”.

Sóstenes afirmou que quem lida com a questão dos carros alugados é o pessoal do seu gabinete, mas confirmou que fazia uso de veículos da locadora investigada.

Segundo as investigações, a empresa de locação de veículos Alfa Car, embora já não funcionando mais em seu domicílio, “o que permite concluir a dissolução irregular da empresa”, continuou recebendo pagamentos realizados por ambos os deputados.
Esses pagamentos eram então reembolsados como despesas pagas com cotas parlamentares.

“Não bastassem tais indícios que reforçam a hipótese de HARUE (ALFA CAR) ser empresa de fachada, há necessidade de rememorar que o RIF [Relatório de Inteligência Financeira] que deu início à investigação evidenciou transações suspeitas entre ITAMAR, secretário parlamentar do Deputado CARLOS JORDY e a HARUE (R$ 56.184,42 a crédito, e R$ 23.130,00 a débito), demonstrando um possível caminho do dinheiro saindo das cotas parlamentares para empresa e indo para os secretários parlamentares dos Deputados Federais”, diz trecho da decisão do Ministro Flávio Dino.

“Chama de igual forma atenção o fato de que
o Deputado CARLOS JORDY tenha efetuado
movimentações suspeitas no montante de
R$ 75.343.67 em 63 operações a seu Secretário
Parlamentar ITAMAR, o que evidencia o intrínseco
e direto relacionamento econômico entre o
Parlamentar e seu assessor.”

A investigação também aponta para conversas por WhatsApp em que os envolvidos falam sobre pagamentos “por fora”.

Além da busca e apreensão nas residências de Jordy, Sóstenes, e dos demais envolvidos, Dino determinou o levantamento do sigilo bancário de ambos os deputados, além de outros investigados.

“Tendo em vista elevados montantes
movimentados pelos assessores
parlamentares, é possível que haja
outros vínculos ainda não identificados”,
diz Dino em sua decisão.

Íntegra em:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cly3p9rv5reo

Publicação de: Viomundo

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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