Papa Francisco pede cessar-fogo e diálogo em mensagem de Natal: ‘Calem-se as armas no Oriente Médio’

Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi” deste Natal, o Papa Francisco exortou fiéis e líderes globais a se empenharem pela paz, especialmente nas regiões em guerra. Falando do balcão central da Basílica de São Pedro, diante de milhares de peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o pontífice clamou por um cessar-fogo imediato e diálogo no Oriente Médio. “Calem-se as armas no Oriente Médio. Com os olhos postos no berço de Belém, desejo que as portas do diálogo e da paz se abram para todas as comunidades atingidas pelo conflito”, declarou.

Inspirado pela abertura da Porta Santa na véspera de Natal, que marcou o início do Jubileu de 2025, Francisco reforçou a mensagem de reconciliação e perdão. Segundo ele, atravessar a Porta Santa é um convite ao sacrifício, deixando para trás divisões, contendas e ressentimentos. “Entrar pela porta exige o sacrifício de dar um passo, de deixar para trás o ódio e o espírito de vingança, para se abandonar nos braços do menino que é o príncipe da paz”, disse o Papa.

Francisco também expressou solidariedade às populações afetadas por conflitos e desastres humanitários em Gaza, no Líbano, no Sudão e na República Democrática do Congo. Ele fez um apelo por ajuda às populações que enfrentam fome e privação, especialmente em Gaza, onde a situação humanitária foi classificada como “gravíssima”. “Libertem os reféns e ajudem a população esgotada pela fome e pela guerra”, pediu o Papa.

Na mensagem, o líder da Igreja Católica recordou que o Jubileu é um tempo de esperança e reconciliação. “Todos nós somos como ovelhas perdidas, dispersas, e precisamos de um pastor e de uma porta para regressar à casa do Pai. Jesus é o pastor. Jesus é a porta”, afirmou. Ele reiterou que a Porta Santa simboliza a oportunidade de redescobrir o sentido da existência e superar divisões políticas, ideológicas e até familiares.


O Papa Francisco durante discurso natalino. Ao fundo, a Praça de São Pedro, no Vaticano / VATICAN MEDIAAFP

Francisco destacou ainda a importância de solidariedade internacional e esforços para aliviar o sofrimento de populações deslocadas e marginalizadas. “Neste dia de festa, deixemos que a misericórdia de Deus desfaz todos os muros de divisão e dissolve o ódio”, declarou, lembrando que o perdão e a reconciliação são fundamentais para a paz duradoura.

A mensagem concluiu com um desejo de esperança para o ano que se inicia, convidando todos a abraçar o Jubileu como uma oportunidade de renovação espiritual e de compromisso pela transformação do mundo. “Que o coração de Deus, sempre aberto, inspire cada um de nós a sermos construtores de paz, hoje e sempre”, finalizou o Papa Francisco.

Publicação de: Brasil de Fato – Blog

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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