Nota de apoio ao presidente Lula e em defesa da soberania do Brasil, diante das declarações do ministro da Defesa israelense, Israel Katz
Nota de apoio ao presidente Lula e em defesa da soberania do Brasil, diante das declarações do ministro da Defesa israelense, Israel Katz
No Ibraspal, Instituto Brasil-Palestina
O Brasil, sua história e sua soberania não se curvam diante de declarações oportunistas e ofensivas vindas de autoridades de um regime fascista que se tornou símbolo de crimes de guerra, genocídio e violação permanente do direito internacional.
As recentes declarações do ministro israelense, Israel Katz, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva são não apenas uma afronta à figura de um chefe de Estado democraticamente eleito, mas também um ataque à própria soberania do Brasil e à sua tradição de independência diplomática.
É inadmissível que representantes de um governo responsável por massacres de civis palestinos, destruição sistemática de lares, hospitais, escolas e até igrejas e mesquitas, se arvorem em dar lições de moral a qualquer outro país.
“Israel” não possui autoridade moral para criticar ninguém.
Trata-se de uma entidade que superou os nazistas em brutalidade dezenas de vezes, ignora de forma contumaz as resoluções da ONU, viola todas as convenções humanitárias, assassinou de forma deliberada milhares de crianças palestinas, além de jornalistas, médicos, paramédicos, trabalhadores humanitários, membros da ONU, da Cruz Vermelha e da Defesa Civil. Um regime que transformou o assassinato em política de Estado e a mentira em ferramenta diplomática não pode pretender ensinar nada ao Brasil.
O ministro Israel Katz, em particular, é conhecido até mesmo dentro de “Israel” como uma figura desacreditada, alvo de zombaria e desprezo nas ruas e nas redes sociais.
Não passa de um fantoche manipulado por Benjamin Netanyahu, o verdadeiro responsável pelo genocídio em Gaza, que utiliza Katz como rosto secundário para proferir declarações vazias e agressivas, enquanto as decisões estratégicas permanecem nas mãos do próprio Netanyahu e do alto comando militar.
As palavras de Katz, portanto, não refletem autoridade nem respeito. Apenas a decadência política de um governo criminoso e cada vez mais isolado no cenário internacional.
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Quanto à acusação de “antissemitismo”, repetida de maneira automática e desprovida de seriedade contra qualquer voz que denuncie os crimes de “Israel”, é necessário afirmar com clareza: essa acusação perdeu o sentido e a força diante de seu uso abusivo e desonesto.
Criticar crimes de guerra, denunciar massacres de civis, expor um regime de apartheid e exigir o cumprimento do direito internacional não é antissemitismo — é uma obrigação ética, jurídica e humana. O governo israelense transformou uma acusação historicamente séria em um artifício barato, usado como escudo para encobrir atrocidades e silenciar críticas.
Hoje, essa manipulação causa repulsa e descrédito em grande parte da comunidade internacional.
Além disso, é um fato histórico incontestável que a maioria dos que colonizaram a Palestina sob a bandeira do sionismo não possui qualquer ligação real com os povos semitas originários da região. A colonização sionista foi majoritariamente levada a cabo por imigrantes europeus que se instalaram em terras palestinas expulsando seus habitantes nativos.
Usar o termo “antissemitismo” para proteger criminosos coloniais que sequer são
semitas é uma distorção grotesca e um insulto à inteligência da humanidade.
Diante disso, reafirmamos nosso apoio integral e incondicional ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil não será intimidado por declarações arrogantes de um governo que perdeu toda a legitimidade moral e política diante do mundo.
O presidente Lula expressa não apenas a posição soberana do Estado brasileiro, mas também o sentimento de milhões de pessoas ao redor do planeta que exigem justiça, o fim do genocídio em Gaza e a libertação do povo palestino.
O Brasil é respeitado internacionalmente porque fala em nome da paz, da dignidade humana e do direito internacional. Já “Israel” se tornou exemplo de barbárie, de desumanidade e de desprezo absoluto por todos os valores que sustentam a convivência entre os povos.
Por isso, reiteramos: o ataque de Katz ao presidente Lula é um ataque a todo o Brasil. E o Brasil responderá com dignidade, com firmeza e com a autoridade de um país que jamais se curvou diante da injustiça.
Brasília, 27 de Agosto de 2025.
Instituto Brasil-Palestina IBRASPAL
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