Lula lidera no 1º turno, aponta Datafolha

A mais recente pesquisa do Datafolha mostra que o presidente Lula (PT) mantém a dianteira isolada nas intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2026, com percentuais entre 36% e 38% em todos os cenários.

No entanto, o estudo revela um freio importante: Lula perdeu vantagem no segundo turno e agora aparece tecnicamente empatado com os dois principais nomes da direita — o inelegível Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Por que isso importa? Porque, apesar de ser o único nome viável no campo da esquerda, Lula viu sua avaliação como presidente cair para 28%, ao mesmo tempo em que a rejeição ao seu nome alcançou 46%, segundo o mesmo levantamento.

Tarcísio e Bolsonaro empatam com Lula no 2º turno

Contra Bolsonaro, Lula marca 44% e o ex-presidente, 45% — empate técnico. Já contra Tarcísio, que cresceu desde abril, o petista tem 43% contra 42% do paulista, que vem sendo testado como plano B do bolsonarismo.

Michelle Bolsonaro também encostou: 42% contra 46% de Lula. Os filhos, Eduardo e Flávio, têm 20%, enquanto o presidente vence ambos com folga (37% a 20% e 47% a 38%, respectivamente).

Quando Lula é retirado da disputa e substituído por Fernando Haddad (PT), o ministro da Fazenda perde para Bolsonaro por 37% a 23%, mostrando que a transferência de votos petistas ainda tem limites — mesmo com recall eleitoral.

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Fragmentação e recall mantêm Lula competitivo

Mesmo com aprovação em baixa, Lula segue sendo o principal nome da esquerda. Sua presença isolada no campo progressista explica a manutenção de intenções de voto no primeiro turno, enquanto a direita ainda não consolidou um nome.

O Datafolha também testou cenários espontâneos, nos quais Lula (16%) e Bolsonaro (18%) dividem as menções — prova da força do recall. A candidatura de Tarcísio ainda depende de um aval explícito do ex-presidente, o que não aconteceu até agora.

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Lula segue favorito para 2026

A disputa está aberta, mas a leitura política é clara: Lula segue competitivo e reina à esquerda. O problema, para o petista, é o desgaste precoce. Para a direita, o desafio é romper a sombra de Bolsonaro e convencer o eleitorado de que existe vida — e viabilidade — além do ex-presidente.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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