Lula afirma que não quer briga com Trump e prega diplomacia global
Na abertura da reunião ministerial nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro seu posicionamento em relação à nova gestão de Donald Trump nos Estados Unidos. Com um tom conciliador, Lula reforçou que o Brasil busca manter relações pacíficas e pragmáticas com todas as nações, destacando a diplomacia como pilar central de sua política externa.
O discurso ocorreu na Granja do Torto, em Brasília, marcando o início das atividades ministeriais para o terceiro ano do governo Lula. A posse de Trump para seu segundo mandato também acontece nesta segunda-feira, em Washington, evento que será acompanhado pela embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti.
As relações Brasil-EUA são historicamente estratégicas, mas o novo cenário político global levanta dúvidas sobre possíveis impactos na democracia mundial e no comércio bilateral. Durante o discurso, Lula rebateu temores de que Trump represente uma ameaça à estabilidade global, destacando o compromisso de seu governo com o diálogo.
“Não queremos briga com ninguém, nem com americanos, nem com chineses, nem com russos”, afirmou o presidente, enfatizando que deseja uma relação “em que a diplomacia seja mais importante do que desavenças”.
O Planalto busca alinhar as ações ministeriais com a visão de Lula: trabalho focado em resultados para a população e atenção redobrada às decisões que impactam a política nacional. Segundo o presidente, “2026 já começou”, referindo-se à necessidade de fortalecer sua base com entregas concretas, como a garantia de alimentos mais acessíveis à população.
Entre as prioridades apontadas por Lula estão:
- Segurança alimentar: Promover políticas que reduzam o custo dos alimentos na mesa do trabalhador.
- Harmonia internacional: Evitar conflitos e fortalecer laços comerciais e diplomáticos.
A gestão Trump promete retomar medidas protecionistas, um desafio para o Brasil, que precisa ampliar exportações e preservar sua competitividade no mercado americano. Além disso, o protagonismo de aliados de Bolsonaro na posse de Trump reforça a polarização política em torno das relações internacionais.
Com o discurso desta segunda-feira, Lula buscou reafirmar o Brasil como um mediador global, defendendo o diálogo acima de divisões ideológicas. O tom pragmático reflete a intenção de preservar o histórico de cooperação entre os dois países, mesmo em um cenário de possíveis atritos políticos e comerciais.
No entanto, ficou claro que o presidente Lula está com sebo nas canelas para disputar a reeleição dm 2026. Ele, inclusive, cobrou dos ministros a definição de seus respectivos partidos, que compõem a base de sustentação do governo no Congresso Nacional, sobre 2026.
Publicação de: Blog do Esmael