Jair de Souza: Para enfrentar a agressão imperialista e os traidores da pátria
Por Jair de Souza*
Realmente, não há limites para a sordidez daqueles que se dispõem a atuar como traidores da pátria.
Quando se imagina que já atingiram o ponto mais profundo de sua degradação moral, os traidores da pátria sempre nos surpreendem com demonstrações ainda mais perversas de sua tenacidade em operar contra a nação no seio da qual nasceram.
Neste momento em que o Brasil se constitui no alvo preferido das agressões do governo neonazista que atualmente conduz as rédeas do decadente imperialismo estadunidense, torna-se evidente que a quinta coluna que lhe dá apoio em nosso território é encabeçada pelos dirigentes bolsonaristas e pelos donos das empresas-igrejas vinculadas à corrente ideológica de extrema direita criada nos Estados Unidos para facilitar a subjugação dos povos periféricos, assim como possibilitar sua completa espoliação.
Logicamente, estamos nos referindo à mais anticristã ideologia política existente nos dias de hoje, ou seja, o neopentecostalismo.
Para a escória que integra os grupos mencionados, acima de tudo estão os interesses hegemônicos do grande capital sediado nos Estados Unidos, com o qual eles estão entranhavelmente vinculados, ainda que em condição de subordinados. Por isso, não lhes provoca nenhuma dor de consciência o fato de que atuem claramente no papel de traidores das aspirações de sua própria nação e de seu povo.
É que eles são adeptos da ideia de que os interesses dos Estados Unidos devem sempre ser colocados em primeiro lugar, aquilo que em seu viralatismo intrínseco eles expressam com as consignas “America First” e seu atual eslogam predileto, “Make America Great Again”.
Não sei se é verdade, mas até já ouvi boatos insinuando que um governador bolsonarista de um importante estado de nossa União andava por aí com um boné com estas inscrições na cabeça. Só pode ser invencionice, ninguém seria tão deploravelmente sabujo a tal ponto!
No diabólico projeto elaborado por Donald Trump, em conluio com o clã bolsonarista e as empresas-igrejas da maldade que lhe dão sustentação política junto a setores populares, o primeiro decidiu arremeter de vez contra nossas instituições.
Além de pretender nos causar imensos danos econômicos, taxando absurdamente os produtos de exportação brasileiros para que estes perdessem toda competitividade no mercado estadunidense, o líder imperialista condicionou sua possível reavaliação de suas arbitrariedades a que a Justiça brasileira deixasse de levar adiante o processo de julgamento do patriarca bolsonarista pelos inúmeros crimes por ele cometidos em nosso país.
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Na tradicional valentia dos moleques covardes quando estão acompanhados de um grandão, nosso patriarca decidiu pagar para ver. E acabou vendo! Agora, no desespero, implora para que o grandão venha em seu socorro.
Para gerar as condições propícias para uma intervenção ainda mais descarada de seu chefe gringo no Brasil, os bolsonaristas e suas igrejas da maldade estão tratando de criar um pandemônio de tal magnitude que inviabilize o normal funcionamento do país.
Muito provavelmente, o objetivo que eles esperam alcançar é que o comando do aparelho do Estado seja novamente atribuído a seu grupo para que, em seguida, eles possam partir para a liquidação total do que ainda nos resta de soberania nacional, incluindo em suas medidas a entrega de nosso petróleo, nossa empresa mais emblemática, a Petrobrás, e todas nossas riquezas naturais.
Sabemos que, para que este plano macabro não vingue, teremos de contar essencialmente com a organização e a mobilização do campo popular.
Por mais que nossas oligarquias econômicas vejam no patriarca do bolsonarismo uma figura asquerosa e difícil de tragar, quando se trata de preservar seus imensos privilégios, eles não hesitam em tapar as narinas e dar rendas soltas ao fascismo, no intuito de aniquilar as resistências do campo popular.
Portanto, nesta hora crucial para o destino de nossa nação, não pode haver vacilação por parte daqueles que desejam que o Brasil avance no rumo de um futuro com dignidade.
Temos tudo para derrotar o imperialismo e seus serviçais internos, mas nossa vitória não virá sem nosso empenho com a máxima dedicação.
*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ.
Este artigo não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo
Publicação de: Viomundo